A Siemens, a Alstom, a Bombardier e a Mitsui& Co (Brasil) informaram que estão cooperando com as investigações. A Secretaria dos Transportes do Rio declarou que o consórcio chinês CMC-CNR-CRC foi o vencedor da licitação realizada para aquisição de 60 novos trens urbanos porque apresentou o menor preço entre as cinco empresas participantes, oferecendo valor 51% mais baixo do que a quinta colocada.

 

Em São Paulo, o Metrô e a CPTM reiteraram “que estão colaborando com os órgãos que investigam as denúncias”. “O Governo do Estado é o maior interessado em apurar os fatos e exigir ressarcimento aos cofres públicos. A Corregedoria Geral da Administração está investigando todos os contratos citados no acordo de leniência.” “Seguindo recomendações da CGA, Metrô e CPTM instauraram processos administrativos para declarar inidôneas a Siemens e demais empresas suspeitas de formação de cartel, em conformidade com a Lei das Licitações.”A MGE reafirmou que “continua cooperando com as autoridades”.

 

A Caterpillar Brasil destacou que não opera no setor ferroviário. A Tejofran sustenta que o exame da formação de seus preços demonstrará seu caráter competitivo. O diretor-presidente da T’Trans, Massimo Giavina-Bianchi, reagiu enfaticamente. “Participamos de apenas uma dessas licitações, e junto com outra empresa porque não tínhamos uma carta de garantia. Não tínhamos o porte das outras empresas. Elas vão se associar a mim e eu a elas para quê? Minha empresa tem 90% do setor de bilhetagem no País, não preciso participar de conluio.”

 

O criminalista Eduardo Carnelós disse que Arthur Teixeira jamais participou de cartel. “Ele é consultor na área metroferroviária. O Cade vem se portando como braço partidário.”

A Trensurb disse que seus gestores desconhecem ilegalidade na licitação dos novos trens. O Metrô-DF anotou que “caso fique comprovado prejuízo ao erário, tomará todas as providências necessárias para buscar o ressarcimento.” A CBTU disse que desconhece qualquer prática de irregularidade por parte das empresas que participaram da licitação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.