Na manhã de ontem, 14, concentrados em frente ao Presídio de Dracena, agentes penitenciários e sindicalistas impediram a transferência de detentos para a unidade.
Pelo menos 35 presos, oriundos de presídios da região foram impedidos de entrar na unidade dracenense e tiveram que voltar às penitenciárias de origem.
Os agentes fizeram uma barreira humana na entrada da penitenciária, impedindo a passagem de veículos que transportavam os presos.
A movimentação ocorre em meio a uma greve que já atinge a maioria dos presídios do Estado, desde o início desta semana. Os agentes reivindicam ao governo paulista, melhores salários, condições adequadas de trabalhos, entre outras várias solicitações.
O Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), que representa a categoria, havia discutido na última quarta-feira, 12, com o Governo as reivindicações, porém, não houve acordo após o Estado apresentar uma contraproposta que ficou a quem do reivindicado.
Ainda, após o episódio, o Governo adotou a posição de não negociar mais com o Sindasp-SP sobre a pauta das reivindicações, apenas outros dois sindicatos, que não teve o nome revelado e que representam a categoria poderão participar das negociações. O Sindasp ainda continua liderando a paralisação dos agentes por todo o Estado.
Na quarta-feira. 12, o Tribunal de Justiça expediu liminar que evita os grevistas de impedir o acesso às dependências dos presídios, e fixou multa de R$ 100 mil para cada dia de descumprimento.
A greve nos presídios prossegue por tempo indeterminado, porém as visitas aos detentos ocorrem normalmente em todas as unidades neste final de semana (sábado e domingo).
