Como no resto do País, muitos dracenenses ainda alimentam o sonho da casa própria. Uns querem se livrar do aluguel e outros querem a tranquilidade de estarem sob um teto que possa ser chamado de seu. Porém, a realidade da casa própria está distante para muitos, principalmente para aqueles que vivem com baixa renda, que para ter seu imóvel, geralmente dependem de programas habitacionais dos governos, que viabilizam a construção de casas populares ou por meio de financiamento.
Em Dracena, uma estimativa realizada pela Prefeitura em 2011, por meio do Plano Habitacional, constatou que o município tem um déficit de 2.649 moradias. Segundo a pasta de Habitação do Executivo Municipal, a atual administração tem a meta de empenhar esforços para reduzir o déficit e viabilizar 2.500 moradias até 2016, porém, passados 15 meses do início da atual gestão, nenhuma moradia popular foi construída.
Recentemente, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo), anunciou 600 novas moradias populares para Dracena, que serão construídas em uma área de 12 alqueires adquirida pela Administração Municipal no bairro Mirassol por R$ 2 milhões. A construção dos imóveis será dividida em duas etapas, sendo 300 casas na primeira e o restante na segunda.
Não há ainda previsão de quando a construção das moradias deva ser iniciada, pois ainda depende de um projeto de infraestrutura e trâmites burocráticos, que deverão ser acordados pela Prefeitura e CDHU.
Segundo o prefeito José Antonio Pedretti, a atual administração tem se empenhado para poder diminuir do déficit habitacional em Dracena e que trabalha no sentido somar esforços para que novas moradias sejam construídas na cidade. Pedretti complementou dizendo que após o início das obras de construção das casas da CDHU, a Administração estuda a solicitação de novas moradias.
Outra iniciativa local, também se empenha para diminuir o déficit de moradias em Dracena. Há pelo menos 10 anos, a Associação Pró-Moradia da Alta Paulista, foca seus esforços a fim de tirar da planta 328 moradias populares. Os mutuários aguardam com ansiedade e apreensão o início das obras do Conjunto Habitacional “Dorival Inocêncio” no Jardim Brasilândia, que segundo o presidente da associação, Domingos Prates do Nascimento, os programas que financiam e subsidiam recursos para a construção das casas, prevêem a entrega no ano que vem.
“Cada imóvel terá o custo de R$ 70 mil, sendo R$ 60 mil da Caixa Econômica Federal, pelo Programa Minha Casa Minha Vida Entidades e uma complementação de R$ 10 mil do Governo Estadual, provenientes do Programa Casa Paulista, para que se possam construir casas com uma melhor qualidade”, disse Domingos.
O novo conjunto habitacional está orçado em R$ 19 mi e a empresa que realizará as obras será a MMF Construtora, de Presidente Prudente, porém para o início das obras, há ainda a necessidade de licença ambiental da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo) e a liberação de recursos por parte dos programas.
“Na semana passada enviamos toda a documentação necessária para a Cetesb para que obtenhamos a licença ambiental e neste semana, já enviamos ofícios ao Governo do Estado e a Caixa, para que agendem reuniões para discutirmos a liberação dos recursos”, informou Domingos.
Domingos ainda disse que a associação está empenhada na construção de outras 172 moradias, para que se alcance 500 unidades habitacionais pleiteadas pela entidade. Os recursos para estes imóveis já estão garantidos, porém, ainda é necessário a aquisição de uma área adequada e atualmente, a área onde deveriam estar às moradias é apenas um local ermo, sem construção alguma.
Tanto as casas populares da CDHU e as da Associação Pró-Moradia, poderiam suprir em cerca de 40% o déficit habitacional em Dracena, beneficiando famílias de baixa renda, que dependem da agilidade do poder público e da desburocratização para conseguir um teto.