Um dia após a ocupação do Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio, o clima era de tranquilidade na região na manhã desta segunda-feira (31). Como mostrou o Bom Dia Rio, os moradores esperam que, com a presença de forças policiais na comunidade, os serviços públicos melhorem. Caminhões da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) estavam na região às 8h retirando entulho – a região tem montanhas de lixo acumulado.

Segundo o secretário municipal de Conservação, Marcus Belchior, a partir desta segunda a Prefeitura vai conseguir melhorar os serviços públicos prestados na Maré, como a coleta noturna.

“Nos próximos 15 dias, terá um grande efetivo de serviços. A Prefeitura vai entrar com o serviço da Comlurb, da RioLuz e da Coordenadoria Geral de Conservação. Nesses próximos 15 dias, com a segurança retomada, poderemos implantar uma nova logística. A Prefeitura já atua aqui, mas, agora, com a retomada da segurança, podemos implantar uma nova logística para melhorar os serviços prestados na Maré”, afirmou Belchior. 

Alto furto de energia
Outro pedido constante dos moradores da Maré é a regularidade no fornecimento de energia elétrica, principalmente no período da noite. De acordo com o superintendente de Distribuição da Light, Dalmer Alves, as ações da empresa serão intensificadas no conjunto de favelas.

“É uma área que tem um alto índice de perda de energia, em função de furto. De toda a energia que a Light distribui no complexo, 69% aproximadamente são desviados. Isso tem relação direta na qualidade do fornecimento de energia”, disse Alves. Segundo ele, toda a rede elétrica vai passar por um levantamento, para que ações sejam elaboradas e o serviço na região melhore.

Problemas sociais
Segundo o secretário estadual de Assistência Social, Pedro Fernandes, os líderes comunitários do Conjunto de Favelas da Maré apontarão os principais problemas da comunidade. Eles devem começar a ser resolvidos e, até 15 dias.

“O Governo do estado, em parceria com a Prefeitura, elaborou um comitê junto com os órgãos institucionais para poder elaborar e resolver esses problemas, identificando após 15 dias a demanda dos líderes comunitários. Não dá para permitir, depois da ocupação, que crianças fiquem fora da escola, que gestantes fiquem sem o pré-natal. Após identificado, o problema básico de assistência social vai ter 15 dias para ser resolvido”, afirmou Fernandes.

Problemas sociais
Segundo o secretário estadual de Assistência Social, Pedro Fernandes, os líderes comunitários do Conjunto de Favelas da Maré apontarão os principais problemas da comunidade. Eles devem começar a ser resolvidos e, até 15 dias.

“O Governo do estado, em parceria com a Prefeitura, elaborou um comitê junto com os órgãos institucionais para poder elaborar e resolver esses problemas, identificando após 15 dias a demanda dos líderes comunitários. Não dá para permitir, depois da ocupação, que crianças fiquem fora da escola, que gestantes fiquem sem o pré-natal. Após identificado, o problema básico de assistência social vai ter 15 dias para ser resolvido”, afirmou Fernandes.

 

Frequência de alunos
Um dos principais desafios da Secretaria Estadual da Educação é aumentar a frequência escolar na Maré. Segundo o subsecretário de Gestão e Ensino, Antônio Neto, há três escolas estaduais na comunidade – uma delas com capacidade para 2 mil alunos conta hoje com apenas mil.

“Em regiões de áreas conflagradas, a mobilidade é muito limitada por questões de violência. Apesar de termos escola grande dentro da Maré, muitos alunos não atravessavam a comunidade para chegar a essa escola. Nós temos essa dificuldade. Agora, com a pacificação dessa grande comunidade, temos a capacidade de reorganizar toda a oferta de ensino médio, educação de jovens e adultos, para que essa população consiga ter acesso realmente à educação”, destacou Antônio Neto.

De acordo com o subsecretário, a Secretaria da Educação nunca esteve fora das comunidades do Rio. “Nós temos escolas em várias comunidades. O fato é que, quando temos a pacificação, a violência acaba diminuindo e isso é benéfico para a escola e para toda a comunidade. Agora, temos a possibilidade de potencializar outros programas, como o programa de renda para jovens abaixo da linha da pobreza, justamente para que eles permaneçam na escola”, disse Antônio Neto.

O subsecretário afirmou, ainda, que o registro de matrículas em comunidades pacificadas aumenta em torno de 25%. “As pessoas passam a procurar mais a escola devido a vários fatores, como a questão da mobilidade e a procura por novas esperanças na vida”, completou Antônio Neto.

Ocupação
As forças de segurança do Rio de Janeiro ocuparam no fim da madrugada deste domingo (30) o Conjunto de Favelas da Maré. Com 130 mil moradores em 15 comunidades, a área está sendo preparada para receber a 39ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio. A entrada das forças de segurança no conjunto de favelas começou às 5h e durou apenas 15 minutos. Ao mesmo tempo, em diversos pontos da cidade, havia operações da polícia prendendo pessoas ligadas a crimes na Maré.

A comunidade é uma das mais violentas da capital  fluminense e considerada estratégica, por estar localizada entre as linhas Vermelha e Amarela, a Avenida Brasil – principais vias da cidade – e o Aeroporto Tom Jobim (Galeão).