Uma explosão na manhã desta quarta-feira (12) provocou o desabamento de pelo menos dois edifícios no bairro do East Harlem, em Nova York (EUA). De acordo com a Polícia de Nova York, pelo menos duas mulheres morreram e outras 18 pessoas ficaram feridas no incidente que ocorreu no norte de Manhattan.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse que, com base em informações preliminares, a explosão foi causada por um vazamento de gás. O incidente ocorreu entre as esquinas da rua 116 e da Park Avenue.

Uma grande quantidade de fumaça podia ser vista saindo do local. 

A companhia de gás Con Edison informou que recebeu uma ligação vinda de um dos prédios que desabou informando sobre um vazamento de gás. Um morador da região relatou por telefone ao canal local “NY1” que não havia cheiro de gás no momento da explosão, mas outras testemunhas relataram ao jornal “Daily News” que o local cheirava a gás “há semanas”.

O prefeito de Nova York disse que a companhia enviou uma equipe para o prédio, mas a explosão ocorreu antes da chegada da equipe enviada pela companhia. O incidente ocorreu por volta das 9h30 (10h30 no horário de Brasília). Segundo De Blasio, os bombeiros levaram dois minutos para chegar ao local da explosão.

O prefeito de Nova York disse ainda que os bombeiros estão tentando debelar o fogo que ainda atinge o local da explosão e que, tão logo o fogo acabe, eles irão iniciar os trabalhos de busca por desaparecidos. Acredita-se que haja pessoas presas nos escombros, mas não há uma estimativa sobre a quantidade delas. “Pelo menos 39 equipes do corpo de bombeiros tentam conter um incêndio e iniciar os trabalhos de resgate de vítimas”, disse De Blasio.

De acordo com a rede de televisão norte-americana CNN, os prédios que desabaram foram construídos antes da década de 1940. Nas imagens de televisão vê-se claramente um espaço vazio entre dois edifícios. Um porta-voz do Harlem Hospital informou que pelo menos um dos feridos sofreu um grave trauma e que o hospital está esperando por mais feridos.

Além dos bombeiros, um esquadrão antibomba foi enviado para o local como medida de precaução, segundo veículos de imprensa locais.  O metrô de Nova York foi fechado na região em que aconteceu a explosão.

A linha do trem suburbano Metro-North, que passa perto do local da explosão, suspendeu o serviço. “O serviço para e a partir do ‘Grand Central Terminal’ está temporariamente suspenso até novo aviso sobre a explosão em um edifício adjacente a nossa via”, anunciou a empresa no Twitter.

Testemunhas

Moradora da região, Molly Mills relatou à BandNews FM que sentiu seu prédio balançar no momento do desabamento. “Eu estava na minha sala de estar e ouvi uma explosão muito forte”. Molly compara a sensação com a de um metrô passando embaixo do seu edifício.

Uma testemunha contou ao canal CBS que muitas pessoas moravam no prédio de seis andares, incluindo um de seus amigos. “Estou com medo. Estou tremendo. Sou asmática e não devia estar aqui, mesmo assim eu vim”, acrescentou, visivelmente nervosa.

Outra testemunha, que mora do outro lado da rua, disse ao canal ter visto o prédio em chamas e que ele e seus vizinhos sentiram o impacto do desabamento. “Vi uma senhora correndo descalça. Foi uma loucura. É como uma zona de guerra”, contou. “Primeiro pensei que fosse um terremoto. Meus parentes começaram a me ligar e tudo estava de cabeça para baixo. Cara, que loucura”, acrescentou.

A cidade de Nova York é muito sensível a este tipo de explosão desde os atentados de 11 de setembro de 2001, que deixaram 3.000 mortos.

Nos prédios funcionavam uma loja de conserto de pianos, uma igreja e uma lanchonete. Nos andares superiores dos dois prédios, segundo informações, havia apartamentos residenciais.

Outra testemunha, que mora do outro lado da rua, disse ao canal ter visto o prédio em chamas e que ele e seus vizinhos sentiram o impacto do desabamento. “Vi uma senhora correndo descalça. Foi uma loucura. É como uma zona de guerra”, contou.

“Primeiro pensei que fosse um terremoto. Meus parentes começaram a me ligar e tudo estava de cabeça para baixo. Cara, que loucura”, acrescentou. (Com agências internacionais)