A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo já conta, neste início de ano letivo, com 2.688 professores especializados em prevenir conflitos, sendo 86 na região de Presidente Prudente. São educadores capacitados para criar ações preventivas nas escolas estaduais e ainda aproximar a comunidade das unidades de ensino em campanhas contra racismo e outras formas de discriminação, bullying, entre outros.

O projeto, que integra o Sistema de Proteção Escolar presente nas 5 mil unidades de ensino, é chamado “Professor-Mediador”, um modelo pioneiro no País e de sucesso nas escolas paulistas. Implantado em 2010, a atuação deste docente está em ampliação na rede, saindo de 1.156 no início da atuação para os atuais 2.688, um crescimento de 132%. Na região de Presidente Prudente, o número cresceu quase três vezes, passando de 31 para 86. Atualmente são 370 docentes na Capital, 540 na grande São Paulo e 1.778 no interior. 
Uma das funções deste mediador é idealizar projetos que mobilizem a escola para proteger os alunos de fatores de risco e também coibir comportamentos discriminatórios (racistas, homofóbicos, entre outros). Para isso, os professores – que podem ser de qualquer disciplina – passam por capacitação oferecida pela Secretaria, em que aprendem técnicas de justiça restaurativa e a elaborar jogos, dinâmicas, rodas de conversa com as temáticas preventivas, sempre em linguagem jovem e que envolva toda a escola.
“Com o projeto de professores-mediadores conseguimos articular ainda mais ações de mobilização e conscientização, fazendo com que as escolas estaduais atuem como formadoras integrais dos nossos 4 milhões de alunos, sempre com a participação da comunidade escolar”, afirma o secretário da Educação, professor Herman Voorwald.
Além do racismo e do bullying, outros temas trabalhados pelos professores-mediadores são indisciplina, uso de álcool e drogas e gravidez na adolescência. Uma das orientações é que os professores utilizem assuntos dos noticiários para abordar os temas, como exemplo as manifestações racistas ocorridas no futebol nos últimos dias.
Pesquisa da Secretaria feita em 2.445 unidades de ensino que contam com estes mediadores aponta que, por mudar ou iniciar um processo de mudança no ambiente escolar, a interferência dos mediadores é aprovada por 90% dos servidores consultados.