O dracenense Fernando Parússolo morreu às 20h45 de quarta-feira, 5, na Santa Casa de Dracena. Ele sofreu uma queda na residência onde mora e foi levado ao hospital, mas não resistiu, teve um traumatismo craniano. Às 2h30 de ontem, 6, o corpo de Fernando precisou ser transladado para Presidente Prudente para ser realizada a autópsia, já que em Dracena não é mais efetuado o serviço.
A família precisou aguardar 16 horas para que o corpo pudesse retornar a Dracena e realizar o velório. Com isso, o corpo chegou à cidade por volta das 16h, e a família procedeu ao sepultamento às 17h20, no cemitério local.
Todo esse transtorno precisou ser enfrentando tanto pela família quanto por amigos de Fernando, porque em Dracena não é mais realizado o Serviço de Verificação de Óbito desde o começo de 2012.
O assunto foi divulgado pelo Jornal Regional, no dia 18 de outubro de 2012. Na ocasião a reportagem informou que Dracena e as cidades da região enfrentavam a falta de um médico que possa fazer a verificação e o exame de óbito em corpos de pessoas vitimadas por morte natural ou morte sem assistência médica, que aponta a verdadeira causa da morte. Ainda na época, um agente funerário informou à reportagem que o custo da viagem para levar o corpo até Presidente Prudente, para quem não tem plano funeral era de R$ 200.
De acordo com o agente funerário, se o corpo chegar naquela cidade (Prudente) após as 19 horas, a verificação do óbito só é feita no dia seguinte, atrasando a liberação do corpo e os serviços das funerárias, provocando a redução do horário do velório.
Desde 2012 nenhuma autoridade política ou civil local tão pouco regional se manifestou categoricamente a respeito do assunto e outras famílias já tiveram que enfrentar além da dor da morte a difícil situação de esperar pela liberação do corpo do seu ente.
FERNANDO PARÚSSOLO – Ele tinha 36 anos de idade e trabalhava como agente de apoio da Fundação Casa. Também trabalhou na rádio Liberal FM na década de 90, onde apresentava programas durante as madrugadas.