Na edição do dia 8 de março o Jornal Regional publicou a matéria sobre o acidente de duas crianças na Vila Barros que ficaram gravemente feridas após se queimarem com gasolina ao realizar a queima de pulgas e carrapatos que estariam sendo retiradas de um cão. 

Segundo informações de um médico da Santa Casa que preferiu não se identificar, ao atear fogo a chama se alastrou atingindo o recipiente com o combustível que explodiu e atingiu as duas crianças. No entanto, após contato da família com a reportagem esta semana, o caso foi esclarecimento, a partir de informações da tia das crianças, Patrícia de Matos Collatethi.
De acordo com a tia, no último dia 5, quarta-feira de cinzas, os dois irmãos um de 9 anos e o outro de 6 anos, moradores do Jardim Santa Clara foram hospitalizados as pressas na Santa Casa após sofrerem queimaduras graves pelo corpo. As crianças brincavam no quintal quando tiveram a ideia de fazer uma fogueira. Eles atearam fogo em um pedaço de pau e jogaram gasolina ocasionando a explosão e atingindo os dois irmãos, conforme disse a tia.
Os irmãos tiveram cerca de 70% dos corpos queimados e ficaram hospitalizados na Santa Casa apenas um dia. Em seguida, o irmão mais velho de 9 anos foi hospitalizado em Marília e o mais novo foi levado para Bauru.
Ambos o casos são considerados graves. Dez dias após o acidente, a tia (Patrícia) procurou o JR para alegar falta de apoio por parte da Prefeitura. Segundo ela, as crianças estão em coma e devem ser visitadas todos os dias na UTI, caso contrário, o hospital declara abandono de pacientes. Com isso, Patrícia viaja todos os dias até Marília para cuidar do sobrinho mais velho.
A mãe das crianças optou por se instalar em Bauru para cuidar do filho mais novo, mas sempre que pode comparece em Dracena para cuidar de outros dois filhos, segundo a tia.
Patrícia diz que os gastos das viagens são caros e já informou ter recorrido a vários órgãos públicos para pedir ajuda e até o momento seus pedidos não foram atendidos. Ela procurou a Secretaria da Saúde e pediu ajuda financeira para poder arcar com os custos, mas teve o pedido negado.
Segundo a subsecretária da Secretaria Municipal de Saúde, Geni Pereira Lobo Pesin, a Prefeitura não pode realizar o pagamento diretamente em dinheiro, mas pode arcar com passagens de ônibus. Patrícia disse que as passagens não lhe convêm devido à dificuldade dos horários das viagens que impossibilitarão seus afazeres em Dracena, uma vez que, o ônibus de ida sai às 6h e o de volta chega à 1h do dia seguinte.
Geni também sugeriu a hospedagem da família em uma casa de apoio na cidade. Porém, Patrícia recusou em razão de ter um filho menor de idade.
A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social ao se inteirar-se do caso se colocou a disposição da família para obter mais informações e ajudar no que estiver ao alcance da pasta.
Na noite da última terça-feira, 18, o irmão mais velho saiu do estado de coma. Porém a saúde deles ainda é estável e não se sabe quando haverá alta da UTI. Patrícia finaliza dizendo que pretende procurar a Justiça para obter aconselhamento e futuramente mover uma ação contra a Prefeitura.
Aqueles que se sensibilizarem com o caso, poderão realizar doações e entrar em contato pelo telefone (18) 99638-3866, para obter mais informações.