As igrejas católicas realizaram na última quarta-feira, 5, a missa de cinzas, data em que se inicia o período da Quaresma, onde os cristãos iniciam as reflexões propostas pela temporada. Na celebração, cada fiel é marcado com uma cruz feita de cinzas obtidas da queima dos ramos, que foram usados no “Domingo de Ramos” do ano passado.
De acordo com a tradição, o celebrante desta cerimônia utiliza essas cinzas úmidas para sinalizar uma cruz na fronte de cada fiel, proferindo a frase “Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás” ou a frase “Convertei-vos e crede no Evangelho”.
Na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, é tradição da igreja católica o jejum e a não ingestão de carne vermelha.
CF – A data também marcou o lançamento da Campanha da Fraternidade 2014 que neste ano tem como tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1). A CF é realizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e costuma ser planejada conforme a realidade social do País.
Nesta semana, o papa Francisco enviou uma mensagem a cerimônia de lançamento da Campanha à CNBB. “Não é possível ficar impassível, sabendo que existem seres humanos tratados como mercadorias. Pense-se em adoções de criança para remoção de órgãos, em mulheres enganadas e obrigadas a prostituir-se, em trabalhadores explorados, sem direitos nem voz. Isso é tráfico humano” disse o papa.
O tráfico humano, também chamado de tráfico de pessoas, é uma das atividades ilegais que mais se expandiu. A atividade consiste no ato de comercializar, escravizar, explorar, privar vidas, ou seja, é uma forma de violação dos direitos humanos. Normalmente, as vítimas são obrigadas a realizar trabalhos forçados sem qualquer tipo de remuneração com prostituição, serviços braçais, domésticos, além de algumas delas terem órgãos removidos e comercializados.