Os policiais militares Alex Sandro da Silva Alves, Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo –envolvidos na morte de Cláudia Silva Ferreira, 38, baleada no Morro da Congonha, zona norte do Rio e posteriormente arrastada pelo carro da PM no caminho para o hospital—estão proibidos de se aproximar a menos de 300 metros da comunidade.

A determinação é do juiz Murilo Kieling, da 3ª Vara Criminal do Rio. Ele também decidiu que os três PMs só poderão executar atividades funcionais dentro do ambiente interno do batalhão.  Eles estão proibidos de realizar qualquer trabalho externo de segurança pública nas ruas. Os três PMs chegaram a ser presos, mas foram libertados do presídio de Bangu 8 quatro dias depois.

A mesma decisão traz o decreto de prisão temporária, por 30 dias, de dois policiais militares que participaram da mesma operação. O 1º tenente Rodrigo Medeiros Boaventura era o chefe da equipe, enquanto o 2º sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno era o segundo líder do grupo.

“Sem a prisão será bastante improvável que se leve a bom termo as investigações, com o esclarecimento dos fatos. A atividade participativa dos moradores da comunidade não se mostra favorável quando se cuida de prestação de depoimentos sobre fatos que alcançam pessoas que percorrem as ruas e vielas, armados e fardados, onde vivem desprotegidos”, afirma o juiz Murilo Kieling em sua decisão. “A prisão temporária é de caráter cautelar, sem culpa formada, provisória.”

Kieling também determinou que a prisão de Ronald Felipe dos Santos, morador que testemunhou o tiro contra Cláudia, também foi atingido e indiciado por tráfico de drogas e tentativa de homicídio contra os policiais, seja transformada de preventiva em temporária (por 30 dias).