Os preços de produtos alimentícios como o tomate, a banana nanica, batata, o feijão, ovos e o café estão mais caros para o consumidor, conforme indica o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta), da Secretaria da Agricultura (SAA). O Índice Quadrimestral de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), registrou alta de 5,74% no mês de março. 

Na prática, a pesquisa constata que a elevação nos preços desses produtos foi bastante significativa para o bolso do consumidor.
O tomate para mesa, por exemplo, subiu 95,53%; a banana nanica, 85,41%; a batata, 80,49%; o feijão, 42,54%; ovos, 28,64 e o café, 27,94%. Foram os produtos que apresentaram as maiores altas.
MOTIVOS – No caso do tomate para mesa, a alta é consequência do aumento da temperatura no começo do verão, que propiciou à produção do tomate a campo e em estufa um ciclo de tempo muito curto, levando a escassez nos meses de fevereiro e março.
“A expectativa para abril, é que parte da produção volte à normalidade e com quedas nas cotações. O mesmo ocorreu para a batata e o feijão, que com o efeito do forte calor também tiveram suas produções afetadas, diminuindo assim suas ofertas e elevando seus preços”, explicam os pesquisadores José Alberto Angelo, Danton Bini, Humberto Araújo e Luis Carlos de Almeida.
O expressivo aumento no preço da banana nanica foi resultado da conjunção de dois fatores. O primeiro, relacionado ao aumento natural da demanda com início das aulas e o segundo foi o resultado de um longo período de estiagem e altas temperaturas nos meses de janeiro e fevereiro que comprometeu não só a safra em andamento, pela queima dos cachos formados, como também retardou a formação de novos cachos. Essa situação contribuiu para reduzir sensivelmente a oferta desse produto em momento de alta demanda.
Na sequência, os preços dos ovos também se destacaram pelo aumento e março, após o elevado nível de descarte de aves realizado pelo setor em janeiro, o que diminuiu a oferta e aumentou o preço do produto recebido pelos granjeiros.
Adiciona-se o período da quaresma com demanda aquecida e do aumento dos preços da soja e milho que eleva o custo de produção com a ração mais cara, repassando ao valor final dos ovos essa ascensão.
A falta de chuva no período de desenvolvimento dos grãos apontam para uma menor produção de café para a safra 2013/14, com início da colheita neste mês (abril). Com a evolução da colheita, os números dessa perda da produção serão mais consistentes.
Outros sete produtos apresentaram alta em março: milho (13,77%); carne de frango (8,48%); amendoim (7,34%); trigo (7,07%); carne bovina (6,25%); soja (1,88%) e cana-de-açúcar (0,64%).
Os produtos que apresentaram quedas mais expressivas de preços foram: laranjas para indústria (24,94%) e para mesa (10,29%); arroz (5,80%) e carne suína (4,76%). Com menores variações aparecem o leite cru resfriado (1,94%) e o algodão (0,96%).
DRACENA E REGIÃO – O aumento nos preços confirmados pela pesquisa também refletem em Dracena e região. Conforme levantamento do JR nos mercados da cidade, os produtos que registraram maiores altas na pesquisa do Ipea, estão custando em média: banana nanica: R$ 3,29 (o quilo); tomate para mesa: R$ 5,69 (o quilo); batata: R$ 5,39 (o quilo); feijão: de R$ 3,79 a R$ 4,28 (o quilo); ovos: R$ 3,99 (a dúzia); o café: de R$ 6,84 (industrial-500 gramas) a R$ 6,60 (caseiro, também 500 gramas).