A Arena Corinthians não terá nenhum teste com a capacidade total de público do estádio antes da abertura da Copa do Mundo. O jogo entre Corinthians e Figueirense, que provavelmente será realizado no dia 17 de maio, terá 50 mil ingressos à venda. Quando Brasil e Croácia abrirem o Mundial, no dia 12 de junho, 68 mil torcedores estarão no estádio. Os bilhetes já foram todos vendidos.
Isso contraria o que a Fifa considera ideal para seus estádios. Na pior das hipóteses, há sempre pelo menos um teste com o mesmo público que o estádio receberá na competição. A capacidade do jogo contra o Figueirense foi estabelecida em reunião na manhã de ontem, 22, com a presença de representantes do Corinthians, COL, Fifa, prefeitura e governo do estado de São Paulo.
Além da partida válida pelo Campeonato Brasileiro, a Arena Corinthians vai receber outros três eventos: no dia 26 de abril, um com a participação de crianças, sem uso do campo. No dia 1º de maio, operários vão se enfrentar em comemoração ao Dia do Trabalho. Até 10 mil pessoas poderão comparecer. No dia 10, ídolos da história do Corinthians vão jogar contra o time atual. A capacidade será de 35 mil pessoas.
Há ainda a possibilidade de outro jogo. Se o Timão não eliminar o Nacional-AM no primeiro jogo da Copa do Brasil, isto é, se não vencer por pelo menos dois gols de diferença, a diretoria vai solicitar que a partida da volta seja disputada na Arena Corinthians. Essa informação foi passada pelo diretor de operações Lúcio Blanco, que representou Andrés Sanchez. O ex-presidente está viajando em busca de parceiros para os “naming rights” do estádio.
Após a vistoria, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fez um alerta: ‘Não há mais nem um minuto a se perder para que o estádio esteja em condições de receber a abertura da Copa do Mundo’. O discurso foi repetido pela vice-prefeita Nádia Campeão e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
‘O cronograma está muito apertado, mas as coisas deverão ser feitas para que possamos fazer nosso teste completo. O estádio estará pronto, a questão é não perder tempo. Não é que não podemos perder mais nenhum dia. Não podemos perder mais nenhum minuto’. Valcke deixou clara por mais de uma vez sua insatisfação com o andamento da obra, mas se mostrou resignado diante da proximidade do Mundial.
‘Não tenho outra escolha. Não sou um sonhador. São Paulo ficará pronta no último minuto, mas temos um cronograma definido para ser cumprido’.