Amanhã, 26, é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. Com isso, o Jornal Regional traz matéria informando um pouco mais sobre essa doença desconhecida por grande parte da população, e que é uma das principais causas de cegueira no mundo.

Conhecida como o ladrão silencioso da visão, o glaucoma pode ser definido como um complexo de doenças oculares que são caracterizadas por uma situação de desequilíbrio, em que a Pressão Intra-Ocular (PIO) não é compatível com o funcionamento normal do nervo óptico. Ao degenerar provoca alterações progressivas no campo visual levando até a cegueira.
O portador não tratado começa a perder a visão periférica (não consegue ver as laterais).
De acordo com o oftalmologista e especialista em glaucoma, Linneu Rubens de Carvalho Ferreira Filho, o nível de pressão varia na população de tal modo que um determinado valor pode ser considerado normal para alguns indivíduos e, no entanto, ser danoso para outros.
O médico explica que a doença não dá para ser evitada e também não tem cura, porém, exames oftalmológicos constantes e preventivos ajudam a paralisar ou retardar a progressão do dano glaucomatoso, na maioria dos casos.
O risco de contrair a doença após os 40 anos de idade é maior. Assim como os altos míopes, pacientes que tiveram trauma ocular, tabagistas e sedentários e doenças sistêmicas como hipertensão arterial. Pessoas de pele negra têm 30% a mais de chances de desenvolver o glaucoma. “Os parentes de primeiro grau do indivíduo com glaucoma têm de 10% a 15% de chances de desenvolver a doença”, informou Linneu.
O glaucoma é indolor. Somente o glaucoma de ângulo fechado em crise costuma causar dor aguda, fazendo com que o paciente tenha que ser medicado. Entretanto, somente para este tipo da doença poderá ser realizada uma única cirurgia a laser que pode ser feita diretamente em um consultório médico. Para os demais glaucomas como crônico, secundário, congênito ou de pressão normal é necessário tratamentos periódicos com colírios para retardar a lesão e evitar a progressão do dano. “Dependendo da situação, o tratamento irá apenas estabilizar a doença, mas nunca irá retroceder”, ressaltou o oftalmologista. “O tratamento não é de cura e sim para evitar o progresso do dano causado por essa doença que é silenciosa”, concluiu.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano são registrados 2,4 milhões de novos casos de glaucoma no mundo. A prevalência na população geral está entre 1,5% e 2%.