As brincadeiras deles não são, em grande parte, as mesmas da época em que seus pais eram crianças.

Hoje, muitos jovens se sentem mais à vontade na frente da TV, do videogame, do computador… Ademais a educação, em especial a familiar, que sofreu mudanças nos últimos tempos, vem contribuindo com a transformação da criança e do jovem.
Novos tempos exigem novas ideias que, em geral, não são tão novas quanto aparentam ser.
A realidade mostra que os adolescentes estão começando cada vez mais cedo as suas práticas sexuais. Porém, há falta de preparo e conscientização. A família e a escola não podem ignorar este acontecimento e precisam estar unidas na informação correta aos jovens.
Prostituição, gravidez precoce, drogas, acesso a informações de péssima qualidade estão no rol das questões nas quais os jovens se encontram vulneráveis na atualidade.
A criança, o adolescente e o adulto são seres em constante movimento. Realizam-se e se frustram por intermédio de movimentos que cada um realiza no mundo.
Porém, as ideias dos adolescentes estão sempre em “ebulição”, transformando-se cotidianamente, seus sentimentos se “reconstroem”. Aliado a isso, possuem um corpo que também se modifica. Portanto, é natural que alguns sejam inquietos, insatisfeitos, incomodados. Eles se encontram numa fase de ansiedade por entrar no mundo do trabalho.
Surgem dúvidas: o que fazer? Que curso? Onde? Cabe à escola oferecer muitas oportunidades que os ajudem nesta difícil tarefa de, prematuramente, chegarem a uma conclusão, que nem sempre é definitiva.
Precisamos cuidar para não ver os jovens como nossos pares, mas como de outros jovens. Por essa razão, temos que cuidar para não passar conselhos ultrapassados, mas conselhos que possam verdadeiramente auxiliá-los na sua relação com o mundo.
Não se deve ignorar a evolução humana e todos os aparatos das novas tecnologias, é preciso auxiliar os jovens a utilizarem esses recursos de modo saudável e construtivo, aprendendo a dar mais valor ao outro e às suas próprias vidas.
Precisamos, ainda, fugir à superproteção. Cada um precisa aprender também, com suas próprias experiências. Sem tropeços, conseguiremos boas vitórias.

*psicopedagoga e professora do ensino fundamental I, do Colégio Objetivo de Dracena.