Jamais a virtude e obra deste modesto polígrafo (escritor versado em antigas balelas) teria o atrevimento ou tentativa em revelar os insondáveis segredos dos milagres sociais – caídos do céu e indecifráveis aos provedores das fortunas colossais, aliás, nem a eximia perícia de Pitágoras, por mais esforço ingente, seria capaz em desvendar a “Engenhosa” artimanha, geradora do suprimento financeiro, que sustenta vastos empreendimentos (em lavouras, lavanderias e etc…).

Por isso, não fiquem assustados com a ameaça de palavrão que o título acima parece conter. Trata-se de uma palavrinha de uso raro na linguagem diária; com o significado daquilo que aparenta ser – mais não é. A bofetada putativa faz todo mundo laico pensar que fulano deu em beltrano, mais não deu, ou melhor só existiu na ameaça intencional da suposição. Algo de pura ilação, criando um gesto de curso dedutivo, no campo da imaginação.
Sim, mais o alvo da questão é a linguagem. No início do século passado, o consagrado jurista Evaristo de Moraes (ainda rábula) ficou notabilizado ao defender e obter absolvição do cadete da Engenharia Militar, Dilermando de Assis, matador de Euclides da Cunha, o imortal autor de “Os Sertões”.
Evaristo, desprezou a situação putativa viável e possível de inclusão no crime da Piedade, pela defesa frontal e legítima que dubiamente flutuava no crime de Dilermando. Seu Irmão Dinorah também alvejado por Euclides, invasor de sua casa, ajudou a pender a balança da Justiça, para o lado do réu. Sete anos depois, Quindinho (filho do escritor assassinado) tentaria vingar o pai, no recinto de um cartório carioca, no entanto o revide do alvejado Dilermando, com pontaria certeira e mortal, enceraria este capítulo da tragédia.
A sucinta narrativa desta desgraça, serve de modelo aos consulentes acadêmicos de Direito – amantes do Júri Popular. O trabalho do notável Evaristo de Moraes na sustentação de duas absolvições! Consideradas impossíveis, pelos mestres do Direito, que entrevistados opinaram sobre os homicídios. Dão uma dimensão capaz de avaliar o empenho e o talento do advogado criminalista Evaristo de Moraes.
A linguagem traduz a cintilação inusitada que nasce – nos estímulos dos neurônios – expressando e decodificando, da nossa impressão seletiva sobre este ou aquele assunto, que enfocamos. É um processo de velocidade inconcebível, sucedido na reclusão hermética cerebral, da qual jamais sairemos, enquanto perdurar a vida – porque pensar é inerente a existir… “Penso, logo existo”. Sócrates.

*Fui internado. Diagnóstico equivocado. Recebi dose cavalar de antibiótico. Fiquei com o pé na cova. Pulei prá trás, estou de volta: 5/8 do que fui, porém, o suficiente para dar conta do recado.