Ainda não é tão comum, porém o número de homens que adotam o sobrenome das mulheres tem aumentado na cidade. Com a alteração do Código Civil em 2002, a nova lei civil declara iguais os direitos e deveres do homem e da mulher no comando da sociedade conjugal, desaparecendo, assim, a figura do homem como o chefe da família. Um dos principais avanços a ser ressaltado é a possibilidade de o marido acrescentar o sobrenome da mulher ao seu nome, o que antes era restrito somente as mulheres. Contudo, muitos ainda desconhecem essa possibilidade.
Em Dracena, dos 310 casamentos realizados no ano passado, 17 homens adotaram o sobrenome da mulher. Um aumento de 30,77% em comparação com 2012.
Segundo Dóris de Cássia Alessi, oficial do Cartório de Registro Civil de Dracena, a preferência ainda é das mulheres adotarem o sobrenome do marido, apesar de 54 esposas optarem por não aderir o sobrenome do homem em 2013.
Dóris explica que muitas mulheres, por uma questão de prática, não adotam um novo sobrenome em decorrência do processo trabalhoso em alterar todos os documentos pessoais. Ela adverte os cônjuges que escolhem trocar os nomes e não atualizam seus documentos. “Eles assinam o nome de casados, mas continuam com o RG de demais documentos de solteiros, o que causa a maior confusão”.
A oficial disse nunca ter presenciado discussões no momento da decisão de quem ficará com qual sobrenome. Entretanto, já aconteceu de a mãe do noivo se assustar quando ele falou que iria adotar o sobrenome da futura esposa. “As mulheres cada vez mais querem se igualar, com relação aos seus direitos, aos homens. Se a mulher pode adotar o sobrenome do marido, porque não o inverso?” ressalta Dóris.
ESTADO – Em levantamento realizado pela Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo) aponta que a prática subiu 278% em dez anos.