Goleiro Bruno manda beijo para filhas antes de
audiência em 2011 (Foto: Pedro Triginelli/G1)
O goleiro Bruno, preso desde julho de 2010 pela morte de Eliza Samudio, ainda tem a expectativa de jogar uma Copa do Mundo. A informação foi dada pelo advogado Francisco Simim, que defende o atleta. Nesta terça-feira (10), a morte da jovem completa quatro anos, segundo o processo.
Bruno Fernandes foi condenado pela Justiça de Minas a 22 anos e três meses de prisão pela morte e ocultação do cadáver da ex-amante, além do sequestro do filho da jovem. Além de Bruno, outras cinco pessoas foram condenadas pela morte de Eliza.
(Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)
Segundo Francisco Simim, apesar de preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o goleiro não perdeu a esperança de voltar a jogar futebol e de disputar uma Copa do Mundo. Quando foi preso, Bruno era atleta do Flamengo.
Ainda de acordo com o defensor, o goleiro tem feito exercícios físicos no presídio, e conseguiu ganhar massa muscular. “Está otimista para o futuro”, resumiu o advogado. A Secretaria Estadual de Defesa Social (Seds) disse que Bruno, assim como qualquer detento com direito a banho de sol, pode usar estas duas horas do benefício diariamente para a prática de atividades físicas. E que na unidade existe uma “pelada” entre os presos.
DNA
Francisco Simim revelou, na semana passada, que o goleiro afirma não ser o pai do filho de Eliza, apesar de ter reconhecido a paternidade na Justiça. A defesa do atleta deve apresentar, nesta semana, um pedido ao tribunal para que seja feito o exame de DNA, para apurar a paternidade do garoto, hoje com quatro anos. “A Eliza tinha caso com vários jogadores na época, não dá para saber”, disse Simim.
Entenda o caso
Bruno Fernandes foi condenado pela Justiça de Minas, em março de 2013, a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador.
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.