De iniciativa popular e com apoio do sindicato nacional dos auditores fiscais da Receita Federal, desenvolve-se uma robusta campanha que objetiva mobilizar a população brasileira para corrigir, junto ao Congresso Nacional, as irregularidades na tabela do Imposto de Renda, a fim de que acompanhe a evolução da renda atual dos trabalhadores com a inflação. Com o sucesso da iniciativa, seria possível aliviar a pressão tributária sobre os mais pobres.
A hora é agora
A idéia propõe uma alteração nas leis brasileiras, de forma a garantir que a tabela do Imposto de Renda seja corrigida, de acordo com a média dos ganhos salariais do país. A iniciativa pretende corrigir, em dez anos, a defasagem que existe desde 1996, quando eram isentos de IR quaisquer trabalhadores que ganhassem até nove salários mínimos. Hoje, quem tem renda acima de dois salários mínimos já recolhe o tributo. Para 2015, o governo federal ajustou a tabela para 4,5%, ou seja, a faixa de isenção foi ampliada de R$ 1.787,77 para R$ 1.868,22, correção que ainda não acompanha a defasagem.
Merece a adesão de todos
Atualmente, um cidadão que tem salário-base de R$ 5 mil, paga R$ 548,85. Aprovada a proposta do projeto de lei do imposto justo, desembolsaria R$ 204,27, economizando R$ 344,58. Para se integrar à campanha, basta entrar no link www.sindifisconacional.org.br/impostojusto. A meta é atingir 100 mil assinaturas.
Atentado à literatura brasileira
Chico Felitti é colunista da ‘revista são paulo’ (assim mesmo). Escreve para a Folha de S. Paulo há seis anos, desde que estudava jornalismo e ciências sociais. Recentemente, publicou que uma professora, chamada Patrícia Secco, decidiu reescrever clássicos da literatura brasileira. Segundo ela, os estudantes se desinteressam de alguns livros porque certas palavras são difíceis. E ela, então, se propõe a reescrevê-los. A primeira vítima será “O Alienista”, de Machado de Assis, a história do médico de loucos que terminou, ele próprio, no hospício.
A coisa é muito séria
Um leitor de Chico alerta: “Infelizmente, a obra de Machado é de domínio público. Não se pode impedir ninguém de fazer essa besteira. O problema é que Patrícia vai assassinar Machado, na prática, com dinheiro público, já que conseguiu apoio da lei Rouanet, do ministério da Cultura. Assim, aquela senhora vai reescrever o maior escritor brasileiro com o apoio do estado brasileiro. Haverá uma tiragem de 600 mil livros, a serem distribuídos nas escolas pelo Instituto Brasil Leitor”.
Verdadeira violência cultural
E conclui, com justificada desolação: “Ora, literatura não é só o que se diz. Também é como se diz. Uma das funções da escola é ampliar o vocabulário dos alunos. Além de todas as particularidades de estilo, um escritor do fim do século 19 não escrevia e não pensava como um do século 21. Eis o erro fundamental. Em vez de o governo petista construir uma escola à altura de Machado de Assis, decidiu destruir Machado de Assis para deixá-lo à baixura – sim, a palavra existe! – da escola brasileira. É o fim da picada! A educação em nosso país é que está no hospício. A educação é que virou coisa de loucos”.
Sem qualquer encanto
Sexta-feira, o Brasil realizou o último amistoso antes da estreia na Copa, diante da Croácia. Se mantiver o mesmo nível da atuação contra os sérvios, os torcedores terão que substituir a cerveja e a caipirinha pelos calmantes. Com um sistema de armação pouco produtivo, o atacante Fred está isolado e o time fica na dependência dos lampejos de Neymar. Como treino é treino, segundo a tradição popular, quem sabe a história seja outra, dia 12.
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