Corpo do ex-governador Marcello Alencar é velado no Palácio da Cidade, no Rio (Foto: Mariucha Machado/ G1
O velório do ex-governador do Rio de Janeiro Marcello Alencar começou às 9h desta quarta-feira (11) no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. O público poderá acompanhar o velório até as 14h. Alencar morreu na madrugada de terça (10), em São Conrado, na Zona Sul, em decorrência de complicações após um acidente vascular cerebral. O corpo será cremado no Caju, na Zona Portuária, em uma cerimônia restrita aos parentes.
Durante o velório, o prefeito Eduardo Paes lamentou a morte de Alencar e caracterizou-o como “como o mais carioca de todos os prefeitos”.
“O Marcello tinha essa coisa da carioquice, uma enorme paixão pelo povo, pelo jeito do carioca, pela cultura, pelo samba, pelas classes mais populares. Eu acho que o Marcello fez uma reversão no quadro do Rio, ele pegou uma cidade sem condições, incapaz de investir, incapaz de realizar, e transformou o Rio em uma cidade capaz de investir e capaz de realizar. Esse é o grande legado do homem público que foi Marcello Alencar”, afirmou Paes.
O governador Luiz Fernando Pezão também esteve no velório. Apesar de adversários políticos, ele contou que construiu uma grande amizade com Alencar.
“Eu conheci o ex-governador como prefeito. Eu aprendi admirá-lo muito porque fomos adversários mas ele me tratava com tanta cordialidade que se transformou em uma grande amizade. Eu aprendi muito. Ele era um grande democrata, todos conheceram. A gente vê que foi um exemplo para todo mundo que gosta da política, que se dedica à política. Marcello Alencar deixou ao estado do Rio de Janeiro um grande legado”, afirmou Pezão.
Trajetória política
Marcello Alencar foi prefeito do Rio por dois mandatos, na década de 80, pelo PDT, e se elegeu governador em 1994 já pelo PSDB. E vai ser lembrado como o político que recuperou as finanças da cidade, com aumento de impostos e criação de taxas. Ele implantou o Rio Orla, projeto que remodelou os calçadões com a instalação de ciclovias.
Também implementou projetos ambientais, como da usina de lixo do Caju. Como governador, privatizou 14 empresas estaduais, entre elas o Banerj, e a companhia de eletricidade do estado, antiga Cerj. Ele foi responsável também pela expansão da Linha 2 do metrô até a Pavuna.