Na antevéspera de sua segunda Copa do Mundo, Ramires volta no tempo. O ano é 2010, e a lembrança, amarga. Nas oitavas de final, contra o Chile, recebeu um cartão amarelo por uma falta no meio do campo. Era o segundo na competição e o deixaria fora das quartas, contra a Holanda. Derrotada por 2 a 1, a seleção brasileira voltou para casa. Ramires viu aquela eliminação fora do campo e sofreu por não poder jogar.
‘Na Copa de 2010, o ambiente era ótimo. Pelo menos para mim. Sendo o mais novo, primeira Copa, jogadores experientes, tudo era maravilhoso. Não tenho do que me queixar. Nesse jogo, senti bastante o fato de ter ficado fora, você vai para a competição, quer estar à disposição do treinador. Acabei levando o segundo amarelo, senti bastante pelo fato de o Brasil estar jogando muito bem no primeiro tempo e eu achei sinceramente, de coração, que sairíamos com uma ótima vitória, pelo que o time havia jogado. Futebol é isso, dá voltas. Para essa Copa, tiro de lição que aquela falta no meio-campo me tirou do jogo. Para essa, não farei. Não quero ficar fora de nenhum jogo’, disse, em entrevista coletiva na Granja Comary na tarde de ontem, 10.
Depois daquela Copa, Ramires deixou o Benfica, de Portugal, e partiu para o Chelsea, da Inglaterra. Hoje, é titular e destaque da equipe de José Mourinho. Com Felipão, ainda é reserva, mas está forte na briga por um lugar entre os titulares. Na última Liga dos Campeões, foi um dos líderes em roubadas de bola. A versatilidade também é um ponto forte já destacado por Scolari.