O nome para o povo que vivia nos tempos bíblicos possuía muito significado. Um exemplo clássico foi o de Abraão, que antes de receber a promessa do Senhor que faria dele uma grande nação, tinha o nome de Abrão. Deus mudou o nome dele para Abraão, que significa “pai de uma multidão” ou “pai de muitos”.

Com Jesus não foi diferente. Ele é o Messias, o Cristo, que significa “ungido” nas formas hebraica e grega respectivamente. O nome “Jesus” significa “Deus é salvação”. É a versão em português do nome grego Iesous, que é uma adaptação do aramaico Yeshu’a. Também é o “Emanuel”, que significa “Deus conosco” (Mateus 1.21 e 23).
De acordo com o contexto, Jesus se referiu a si mesmo com expressões que indicavam funções especiais que ele estava pronto a cumprir em favor do povo.
A expressão mais usada por Jesus para designar a si mesmo enfatizando sua humanidade foi “filho do homem”. A maneira como ele a empregou fez dessa expressão uma afirmação de sua divindade (João 6.27).
Também se denominou o “pão da vida”. Essa expressão diz respeito à sua capacidade de dar vida: Ele é a única fonte da vida eterna (João 6.35).
Quando se referiu a si mesmo com a “luz do mundo”, ele está dizendo que é a única resposta em todo o universo, em todos os tempos, para a necessidade que as pessoas têm de conhecer a verdade. A luz é uma alegoria da verdade espiritual (João 8.12).
Ao assegurar que é a “Porta das ovelhas”, Jesus afirma que é o único caminho para o Reino de Deus (João 10.7). Ele também diz que é o “bom pastor”, assumindo assim, a imagem profética do Messias que foi ilustrada no Antigo Testamento. Esta é uma declaração de sua divindade, enfocando o amor e a direção de Jesus.
Jesus Cristo, ao dizer: “Eu sou a ressurreição e a vida” (João 11.25), está afirmando que além de ser a fonte da vida, tem o poder sobre a morte.
“O caminho, a verdade e a vida”: Jesus é o método, a mensagem e o sentido para a vida de todas as pessoas. Com essa sentença, ele resumiu o propósito que teve de vir à terra (João 14.6).
Ainda no Evangelho de João, Jesus diz que é a videira verdadeira (João 15.1). A segunda parte desta sentença também é importante: “vós (sois) os ramos”. Como em muitas outras expressões que o designam, Jesus nos lembrou que, assim como o ramo recebe vida da videira e não pode viver separado desta, somos completamente dependentes de Cristo em nossa vida espiritual. Somente ao Senhor todas a glória!

*pastor e missionário presbiteriano