Aconteceu no início da noite dessa quinta-feira, 3, o encerramento do 51º Encontro Regional de Ensino de Astronomia (Erea), com a presença do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes. Na ocasião, ele atendeu a imprensa e ministrou palestra motivacional aos professores participantes do evento que ocorreu nas dependências das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI).
Marcos Pontes foi o primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço, na missão batizada como ‘Missão Centenário’. Para ele, isso proporcionou ao País, o bom relacionamento internacional. “Graças à missão, o Brasil hoje, tem um embaixador dentro da ONU para desenvolvimento industrial, e esse embaixador sou eu, que estou lá para representar o País”, ponderou.
Na área da educação, Pontes citou a OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia), que teve aumento das inscrições após a missão. “Este número partiu de 400 mil antes da missão, para um salto de pelo menos mais de 600 mil após a missão. Então, você vê o efeito que isso tem em cima da motivação de alunos para ciências e tecnologia, e se a gente quer desenvolver o País, nós precisamos dessas duas coisas”, explicou.
Com relação ao Erea, o astronauta disse que o principal objetivo é motivar pessoas, especialmente professores a buscar seus sonhos. “Se você tem um professor motivado, você tem alunos motivados e um País motivado. Professor trabalha com o futuro do País, ele cria o futuro”.
Durante a coletiva, o astronauta foi questionado sobre a existência de vida fora da terra. “Temos que admitir a hipótese de existência, então é em cima disso que a gente trabalha, e é por isso que eu acredito. Mas será que nossos sensores são suficientemente adequados para detectar alguma vida lá fora?! Geralmente a gente faz um sensor baseado em alguma propriedade que a gente conheça. Quando falamos de vida pensamos em algo semelhante a nós ou ao que nós falamos de vida aqui na terra. Pode ser que essa vida tenha uma estrutura ou uma condição completamente diferente que os nossos sensores não sejam nenhum pouco capazes de detectar. Pensando dessa forma, pode ser que essa vida esteja mais próxima do que a gente imagina e a gente não seja capaz de perceber”, disse.
O astronauta também falou sobre convites para trabalhar em empresas internacionais, além dos seus trabalhos e atividades atuais, como sua participação no Programa Espacial Brasileiro, como astronauta, entre outros assuntos.
O prefeito Ivo Santos; diretor da FAI, Márcio Cardim; vice-diretor Wendel Soares; secretário de Educação, Wilson Hermenegildo; vereadores Hélio dos Santos e Noriko Saito prestigiaram o astronauta.
Ao longo do Erea, que aconteceu de 1 a 3 deste mês, no campus II da FAI, os professores tiveram aulas práticas sobre o ensino da astronomia, além de diversas palestras e oficinas.
Esta edição do Erea bateu o recorde em público e foi considerado pela organização o maior da história, com a participação de mais de 300 professores de toda região.
O Erea é organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com o Instituto Nacional de Estudos do Espaço, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, e Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).
Em Adamantina, o encontro foi gerenciado pela Prefeitura, FAI e Diretoria Regional de Ensino.