Diante da desastrosa partida da seleção brasileira, que perdeu de 7×1 para a Alemanha, as redes sociais ficaram repletas de especulações e xingamentos a presidente Dilma Rousseff (PT). Um dos questionamentos é se a candidatura da presidenciável sofrerá com o lamentável resultado do jogo de terça-feira (8).
Com isso, o novo tema da enquete do Portal Regional é ‘Você acha que a derrota do Brasil na Copa interferirá no resultado das eleições 2014’. Dê a sua opinião, basta acessar www.portalreigonal.net.br
Em defesa da candidata, o senador Humberto Costa (PT) acredita que o governo desempenhou seu papel, pois sua função era viabilizar a infraestrutura e organização do mundial. “No aspecto administrativo, o campeonato foi bem sucedido. Não temos relação com o saldo da partida. Um resultado como esse de ontem reforça um mau humor da população, mas as pessoas têm absoluta clareza de que são coisas diferentes”, afirmou o senador.
Segundo o petista, a população brasileira saiu ganhando com a realização do mundial no país. Ele defende que o Brasil conquistou melhorias nos aeroportos, transporte público e que as obras de mobilidade urbana ainda terão continuidade. “O legado continua. Muitas obras serão concluídas no segundo semestre”, declarou.
Humberto Costa também comentou possíveis críticas ao governo pelos adversários políticos. “A oposição, naturalmente, vai tentar se aproveitar do insucesso da Seleção, mas não tem autoridade política para isso. Eles não estão em uma posição confortável, por isso podem utilizar a goleada sofrida diante da Alemanha como artifício político, já que trabalharam para desacreditar a Copa”, concluiu Humberto.
A deputada Teresa Leitão (PT) também saiu em defesa da presidente Dilma e ressaltou: “Acho que a candidatura de Dilma está se desenhando com muito vigor, independente da copa”.
ANÁLISE – Já o cientista político Hely Ferreira discorda da opinião dos petistas. Ele afirma que não existe possibilidade da população não fazer um link entre a copa e a eleição, pois o pleito acontecerá sequencialmente após o campeonato. “O futebol sempre teve influência sobre o povo brasileiro. Uma parcela da população era contra ao evento esportivo e isso com certeza se refletirá. Acreditar que a copa não exercerá influência nas eleições 2014 é o mesmo que acreditar que o Brasil é uma ilha isolada”, constatou o cientista.
O deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) acredita que a única relação entre a derrota da seleção brasileira e eleição será que as pessoas irão voltar a sua rotina cotidiana e passarão a observar os debates em torno da política. “Não acho que a derrota do Brasil no mundial irá interferir diretamente no resultado das eleições. A única interferência disso é que as pessoas começarão a pensar na política e isso irá instigar o debate. Como o PT está mais frágil acho que ele pode perder com isso, pois o debate começará mais cedo”, afirmou o tucano.
Nas redes sociais, os candidatos à presidência do Brasil comentaram a derrota a seleção canarinha e apoiaram os jogadores. Em sua página no twitter, Dilma Rousseff lamentou a derrota do Brasil. “Assim como todos os brasileiros, estou muito, muito triste com a derrota. Sinto imensamente por todos nós. Torcedores, e pelos nossos jogadores. Mas não vamos nos deixar alquebrar. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”, escreveu a presidente.
No facebook, Aécio Neves (PSDB) publicou a seguinte nota: “Como torcedor e como brasileiro, compartilho a frustração que estamos todos sentindo. Uma derrota sofrida, difícil de entender, mas que não apaga o brilho do futebol brasileiro e muito menos do nosso povo. Apesar do resultado, envio o meu abraço aos nossos jogadores, à comissão técnica e a todos que lutaram para colocar o Brasil no lugar mais alto do pódio. Dessa vez não deu, mas vamos em frente! Outras vitórias virão!”.
O socialista Eduardo Campos (PSB) utilizou o facebook para consolar a população brasileira. “Lamento, como todos os brasileiros, o resultado de Brasil e Alemanha hoje. O povo brasileiro fez uma festa linda durante toda a Copa, mas o sonho do hexa foi, por ora, adiado. Tenho certeza de que voltaremos mais fortes em 2018”, declarou.