O uso correto dos agrotóxicos nas plantações e a comercialização desses produtos nas lojas especializadas são acompanhados por técnicos do Escritório da Defesa Agropecuária (EDA) de Dracena, em 16 municípios da região.
Segundo o EDA, o trabalho tem como objetivo conscientizar os produtores rurais e comerciantes, mas se as orientações não forem seguidas e as irregularidades persistirem, são feitas autuações. “Os valores das multas variam caso a caso e podem chegar a mil Ufesps (cada Ufesp vale R$ 20,14), mas a autuação é o último caso, a intenção é que a legislação seja cumprida”, informa o engenheiro agrônomo do EDA, Leonardo da Cruz de Oliveira Júnior.
Ele explica que nas empresas que vendem os agrotóxicos, são verificadas normas como a presença de um responsável pela venda dos defensivos agrícolas e a existência de um local adequado para armazenagem dos produtos e embalagens.
Na zona rural, segundo Oliveira, são checados ítens como o prazo de validade do agrotóxico e o descarte correto dos frascos que não podem ser jogados no campo após o uso. As embalagens dos defensivos devem ser armazenadas corretamente para posterior devolução.
De acordo com a legislação vigente, agrotóxicos são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos para uso no cultivo, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, a fim de preservá-las da ação de seres vivos nocivo
AFTOSA – O EDA desenvolve também a fiscalização de vacinação contra a febre aftosa. Apesar da imunização nas cidades da região ter alcançado quase 100% dos bovinos até dois anos de idade (cerca de 140 mil cabeças) na primeira etapa da campanha, em maio, há produtores que não entregaram as declarações obrigatórias da vacinação nos escritórios da Defesa.
“Os técnicos do EDA estão checando a vacinação nas propriedades e se não for comprovada, o proprietário é autuado”, acrescenta Oliveira, explicando que já houve multas aplicadas em propriedades da região, referentes à primeira etapa da vacinação neste ano.
CANCRO CÍTRICO E GREENING – O combate a doenças na fruticultura também tem acompanhamento dos técnicos do EDA de Dracena nas 16 cidades da região. Leonardo Oliveira aponta o cancro cítrico e o greening, conhecida como “doença do ramo amarelo”, que deforma e reduz o tamanho das frutas cítricas, principalmente a laranja.
O agrônomo ressalta que o controle do cancro cítrico hoje é responsabilidade do próprio produtor, que deve acompanhar e eliminar as plantas contaminadas nas plantações. A Defesa Agropecuária apoia os produtores na coleta de amostras e análises das plantas com suspeitas da doença.
O único caso de greening registrado na região de abrangência do EDA, segundo o agrônomo, ocorreu a quase três anos em uma propriedade na cidade de Irapuru, mas o foco foi controlado, não se alastrando nas plantações do município e região.