A aposentada Alzira Adelaide Cordeiro Miranda, 82 anos, moradora de Monte Castelo, está internada há quase 20 dias no Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente, com fratura em uma das pernas, aguardando cirurgia e além do mau estar que está passando, a demora está revoltando seus conhecidos e moradores.
De acordo com o padre da cidade, Mauro Pollon, dona Alzira é uma moradora admirada na cidade. Ela não tem filhos, nem parentes residindo em Monte Castelo e cidades da região. “A única pessoa da família com quem conseguimos entrar em contato, reside em São Paulo, mas não pode acompanhá-la”, informa.
Pollon explica que a fratura em uma das pernas da aposentada é no osso fêmur. “Ela foi socorrida ao PS de Tupi Paulista há cerca de 20 dias e logo em seguida, transferida para o HR, mas até hoje (ontem), não havia sido operada”, reitera.
Mauro Pollon acrescenta que dona Alzira está em um quarto do Sistema Único de Saúde (SUA), na seção ortopédica, com outras pacientes. “Já fui duas vezes a Prudente, mas não consegui falar com a direção do HR”, informa.
Ele explica que nas duas visitas que fez à dona Alzira, havia outras pacientes no mesmo quarto, também aguardando por cirurgias há pelo menos dez dias. “O que pude constatar é que os pacientes esperam pelo menos 15 dias para serem operados”, afirma o pároco.
Além dos inconvenientes que a aposentada está passando, Pollon conta que dona Alzira já apresenta feridas nas costas e passa por muitas dificuldades.
Para permanecer internada, ela necessita de uma acompanhante no quarto 24 horas por dia para auxiliá-la e para isso, precisa pagar à diária. “A cirurgia foi marcada, ela chegou a ficar em jejum, mas a operação foi adiada”, complementa o padre, afirmando que poderá recorrer ao Ministério Público (MP) para que a cirurgia seja agilizada.
HOSPITAL – Em comunicado ao Jornal Regional, a assessoria de imprensa do Hospital Regional informou ontem, que: “a paciente vem sendo assistida constantemente pela equipe médica, recebendo toda atenção, cuidado e zelo necessário”.
“Ela (dona Alzira), deu entrada na unidade no dia 14 de junho e desde então, tem feito exames preparatórios para a cirurgia. O hospital reitera que o médico é o profissional especialista capaz de apontar risco de morte e controle do quadro clínico de cada paciente”, diz a nota.
“Por ter um pronto socorro porta aberta, (o HR) atende casos de emergência com risco de morte e que, devido ao número de acidentes nesta semana, o procedimento da paciente, considerado eletivo e que estava marcado para esta semana, foi adiado para os próximos dias”, prossegue o comunicado da assessoria de imprensa.
Nas explicações, o HR salienta que se coloca à disposição dos responsáveis pela paciente e que mantém a todo momento uma comunicação transparente para não deixar dúvidas quanto aos processos do tratamento.