RIO — Os governos federal e do Rio planejam fazer sexta-feira um ensaio da segurança que será implantada no jogo final da Copa, no Maracanã, no domingo. Estão previstos a simulação da chegada de chefes de estados e o deslocamento de comitivas e das duas seleções até o estádio. Os detalhes serão discutidos durante uma reunião na tarde desta quinta-feira, no Rio, com as presenças do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e de representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da Polícia Federal, das Forças Armadas e da Fifa.

ESQUEMA ESPECIAL EM COPACABANA

Sem a presença do Brasil em campo e com torcedores argentinos prometendo invadir o Rio — a seleção da Argentina garantiu participação na decisão da Copa nesta quarta-feira, ao vencer a Holanda —, a preocupação é com hostilidades entre as torcidas antes e depois da final. Policiais militares do Rio devem aumentar sua presença não só no entorno do estádio, mas também nos pontos de concentração de torcedores, como a orla da Zona Sul, os pontos turísticos e a rodoviária. Copacabana também terá esquema especial.

Estradas federais e estaduais terão policiamento reforçado, com a chegada de patrulheiros federais de outros estados. Com os argentinos já em grande quantidade no Rio, as autoridades estimam que o número de torcedores hermanos possa superar os 50 mil. E muitos estarão sem ingressos.

Os militares, em conjunto com a Polícia Federal, serão os responsáveis pela proteção da presidente Dilma Rousseff e dos chefes de Estado presentes no Rio. Cerca de dez são esperados. Haverá reforço ainda dentro do estádio, com até 1.500 homens. O aumento do número de stewards (seguranças contratados pela Fifa) no interior do Maracanã foi uma exigência do governo brasileiro à Fifa. O reforço na segurança ainda atingirá os principais eixo de entrada do estado, como a Avenida Brasil, e as linhas Amarela e Vermelha.

A Força Nacional anunciou que está deslocando para o estado cerca de 450 homens. Está sendo estudada até a possibilidade de policiais militares trabalharem em conjunto com os seguranças dentro do Maracanã.

Depois de anunciar que 25 chefes de Estado e de governo estariam no Maracanã, no próximo domingo, o Itamaraty informou, nesta quarta-feira, que trabalha para receber na final, o presidente da Rússia, Wladimir Puttin, e mais seis chefes. Outros cinco ou seis ainda estão pendentes de confirmação, entre eles os de Holanda e Alemanha. A presidente Cristina Kirchner deverá vir, mas ainda não confirmou. Além de Putin, os presidentes da África do Sul, da República Democrática do Congo, do Gabão, do Haiti e de Trinidad e Tobago também já confirmaram presença.