Nos primeiros sete meses de 2014, as instituições bancárias cortaram 3.600 empregos. Enquanto os bancos privados e o Banco do Brasil eliminaram postos de trabalho, a Caixa Econômica Federal abriu 1.595 novas vagas no mesmo período. Os dados são da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada hoje (22) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que faz o estudo em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho.
De acordo com o levantamento, além do corte de vagas, a rotatividade continuou alta no período. Os bancos contrataram 20.075 funcionários e desligaram 23.675.
No total, 17 estados apresentaram saldo negativo de emprego nos primeiros sete meses do ano. As maiores reduções ocorreram em São Paulo, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, com 1.524, 621, 480 e 463 cortes, respectivamente. O estado com maior saldo positivo foi o Pará, com a geração de 208 novas vagas.
A pesquisa mostra também que o salário médio dos admitidos pelos bancos nos primeiros sete meses do ano era R$ 3.303,55, contra o salário médio de R$ 5.216,86 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio equivalente a 63,3% da remuneração dos que saíram.
A média dos salários dos homens na admissão foi R$ 3.756,96 nos primeiros sete meses do ano. A remuneração das mulheres ficou em R$ 2.829,77, valor que representa 75,3% da remuneração de contratação dos homens.
A média dos salários dos homens no desligamento foi R$ 6.000,16 no período, enquanto a remuneração das mulheres era R$ 4.386,33. Isso significa que o salário médio das mulheres no desligamento equivale a 73,1% da remuneração dos homens.