As consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) de Dracena registraram queda de 15,45% comparando os meses de janeiro a agosto de 2013, com o mesmo período desse ano. Mas a diminuição não está vinculada diretamente à queda do consumo e sim às mudanças nas formas de pagamento das vendas a prazo.
Ao invés dos tradicionais carnês de prestações, tanto os lojistas como os consumidores estão optando pelo pagamento das compras por cartões de crédito, dinheiro ou cheque, além das vendas pela internet que vêm aumentando em todo o País, que refletem na queda das consultas, conforme explica o gerente do SCPC da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Dracena, Marcelo Rocha Fonseca.
De acordo com o levantamento do SCPC de janeiro a agosto de 2013, foram realizadas 174.016 consultas sobre créditos de consumidores e neste ano, até o dia 10 de agosto, são 147.122 consultas. As inclusões nos cadastros de restrições de crédito ao consumidor, também reduziram, 28,7% a menos nos mesmos períodos.
“O perfil tanto do lojista como do cliente vem mudando, a preferência principalmente pelo cartão de crédito, em relação aos carnês, deve-se a fatores como maior segurança para o comerciante, no caso de inadimplências e também para o cliente, que estará pagando juros mais baratos nas compras parceladas”, informa Fonseca.
“Atualmente há empresas na cidade em que cerca de 80% das vendas são por cartão, pela praticidade, prazo maior para o pagamento e juros mais baixos, comparados aos crediários por carnês ou notas promissorias”, acrescenta Fonseca.
Entre os setores que mais consultam o SCPC estão as redes de magazine e o comércio de vestuários.
VENDAS NO PAÍS – Indicadores econômicos apontam uma queda nas vendas do comércio varejista no primeiro semestre desse ano, especialmente na época da Copa.
De janeiro a junho, as lojas mais demitiram do que contrataram em todo o País. O primeiro semestre fechou com um saldo de vagas formais negativo em 83,6 mil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
“Não foi só a indústria que demitiu mais que contratou nos últimos meses, mas o comércio também. O varejo está devendo bastante: 83,6 mil vagas. Foi o pior resultado do saldo de postos de trabalho do setor desde 2007 para um 1º semestre”, observa Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Só na capital paulista, foram feitas 63,3 mil homologações no sindicato dos comerciários no 1º semestre. É um número 2,7% maior em relação ao mesmo período de 2013.