O Curdistão iraquiano, área sob controle curdo no Norte do Iraque, já abriga 700 mil iraquianos expulsos de suas casas desde o início das ofensivas pelos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI). A informação foi divulgada hoje (22) pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Segundo o porta-voz da agência da ONU, Adrian Edwards, a maioria dos refugiados chegou no início de junho. Ao todo, mais de 1,2 milhão de pessoas se deslocaram de suas casas no Iraque devido aos combates em 2014.
Segundo o Acnur, os refugiados que foram para o Curdistão estão vivendo em escolas, mesquitas, igrejas e prédios em construção. O Alto Comissariado organiza uma grande operação humanitária, iniciada na última quarta-feira (20), para ajudar 500 mil pessoas que fugiram dos ataques do EI no Norte do Iraque, que levará 2,4 mil toneladas de suprimentos à região.
A ajuda humanitária está sendo enviada por via aérea, terrestre e marítima. A ofensiva dos extremistas do EI que levou à fuga dos iraquianos teve início em junho, ao Norte de Bagdá, e se estendeu para o Norte do país em agosto, chegando a áreas controladas pelos curdos. O EI se aproveitou da falta de legitimidade do governo do Iraque, sob poder xiita, que não conseguiu se articular com sunitas e curdos.