Uma manifestação em apoio a Israel reuniu 2 mil pessoas no fim da manhã de hoje (3), na Praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, segundo a Polícia Militar. O protesto foi convocado pela Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj), que estima até 2,5 mil pessoas na passeata.
“Israel vive há muitos anos sob ameaça de terrorismo. Para se alcançar a paz duradoura, é necessário respeitar o direito do outro de existir. Quando a rede de terrorismo subterrâneo do Hamas conseguiu chegar à população de Israel, veio a resposta. Israel não foi matar crianças, foi destruir foguetes”, defendeu o presidente da Fierj, Jayme Salomão, segundo quem a manifestação foi também um ato de informação, para mostrar que Israel é um país democrático.
Os participantes levaram bandeiras de Israel e cartazes contra o antissemitismo. Entre os pedidos, estavam o fim do terrorismo e a retomada das negociações. “Tudo o que se quer atingir, se consegue com o diálogo, mas o terror não dialoga”, disse Jayme, e ressaltou não existir dúvidas de que “Israel quer a paz”.
Desde o dia 8 de julho, quando começaram os ataques israelenses na Faixa de Gaza, em resposta ao lançamento de foguetes do Hamas, mais de 1,6 mil palestinos morreram. Cerca de 300 mortos eram crianças e adolescentes, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Do lado israelense, o número de vítimas passa de 60. Israel se defende acusando o Hamas de esconder armamentos em escolas e hospitais para aumentar o número de vítimas civis, mas tem recebido críticas da comunidade internacional.
Em 23 de julho, o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) criou uma comissão internacional para investigar possíveis violações cometidas durante a ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Para se defender, o Exército israelense criou hoje uma equipe para reunir informações e provas sobre a ofensiva, para evitar eventuais acusações de crimes de guerra.
Jayme Salomão acusa a mídia internacional de concentrar as atenções no conflito entre Israel e o Hamas, e esquecer de outras violações aos direitos humanos no Oriente Médio, como na Síria e no Iraque. “A mídia só está olhando um lado”, enfatizou.
Ontem (2), o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva vai continuar por quanto tempo for necessário, e que toda a força exigida será usada.