O presidente americano, Barack Obama, declarou nesta quarta-feira (20) que o mundo inteiro está chocado com a execução do jornalista americano James Foley por militantes jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI). “Nenhum Deus justo apoiaria o que eles fizeram ontem”, disse Obama sobre a decapitação de Foley pelo EI, mostrada em um vídeo divulgado pelo grupo.
Obama disse também que o grupo é um “câncer”, que tem ideologia “falida”, e que telefonou para a família do jornalista para expressar suas condolências.
O Estado Islâmico é um movimento radical que atua na Síria e no Iraque e que busca implantar um Estado fundamentalista islâmico na região.
Compartilhamento do vídeo
A polícia britânica lembrou nesta quarta que assistir ao vídeo da decapitação de Foley pode constituir um crime. “Gostaríamos de lembrar ao público que assistir, baixar ou disseminar material extremista dentro do Reino Unido pode constituir um crime sob a legislação antiterrorista”, declarou a polícia metropolitana em um comunicado.
O mesmo texto afirma que a polícia investiga o conteúdo do vídeo, depois de vários indícios que mostram que o jihadista que realiza a decapitação é um britânico, por seu sotaque e gírias.
A Casa Branca e o FBI confirmaram nesta quarta-feira a autenticidade do vídeo divulgado na terça-feira pelo Estado Islâmico, a organização extremista que opera na Síria e no Iraque.
O carrasco de Foley explica na gravação que o assassinato ocorre em resposta aos bombardeios americanos de posições da organização e ameaça executar outro refém jornalista se prosseguirem.
Na rede social Twitter circulam apelos com a hashtag #ISISmediablackout para que o vídeo não seja divulgado, com o argumento de que serve de propaganda aos assassinos.
A própria rede social e plataformas de difusão de vídeos como YouTube começaram a encerrar contas desde que a gravação foi divulgada.
Britânico
Parece ‘cada vez mais provável’ que o carrasco não identificado que aparece no vídeo do Estado Islâmico (EI) seja um britânico, declarou nesta quarta-feira à noite o primeiro-ministro David Cameron.
‘Nós ainda não identificamos o indivíduo responsável por este ato, mas, tanto quanto pode ser determinado, parece cada vez mais provável que ele seja um cidadão britânico’, disse o chefe governo ao sair de uma das muitas reuniões de crise presidida durante o dia. Vários especialistas haviam dado destaque ao sotaque britânico da pessoa que decapita do jornalista.