Ontem, 29, foi comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo e para ressaltar a data, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) de Dracena realizou palestra para repassar orientações aos pacientes que sofrem com o vício. Muitos deles estavam acompanhados com seus familiares que também ouviam atentamente cada orientação.
A enfermeira Camila Zanetti de Souza juntamente como alunos do 4º termo do curso de enfermagem da Unifadra, ministraram palestra sobre os males que o fumo traz a saúde. Houve explicação sobre cada componente do cigarro como, por exemplo, a nicotina que causa dependência aos usuários e faz com que o cigarro se torne agradável.
Os pacientes tiraram suas dúvidas e passaram pelo teste com o monoxímetro, mais conhecido como bafômetro de cigarro, usado para medir como o pulmão do fumante está contaminado. Camila ainda destacou informações sobre o cigarro de palha. Muitos acreditavam que o tradicional cigarro caipira era inofensivo à saúde. Ela explicou que esse tipo de fumo faz ainda mais mal porque não possui filtro, assim como, laquear (mascar fumo), prática muito usada por pessoas mais velhas.
O aposentado Reinaldo Pereira de Oliveira assistia a palestra com muita atenção. Ele parou de fumar a 25 anos, após ter tido o hábito por sete anos. Após ter passado por alguns problemas de saúde, Reinaldo decidiu largar o fumo quando entrou para a vida religiosa. O ex-fumante salientou a importância dessas reuniões para a comunidade. “As informações colaboram para nos mantermos firmes, sem olhar para trás”, contou.
Levantamento do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) revelou que 65% dos fumantes com câncer não conseguem largar o cigarro mesmo após receber o diagnóstico da doença. E que aproximadamente 25% do total de pacientes atendidos na instituição nos últimos anos têm histórico de tabagismo. Os efeitos nocivos que o cigarro provoca são extremamente prejudiciais para os pacientes em tratamento, dificultando a cicatrização após cirurgias oncológicas e aumentando o risco de complicações durante o período de radioterapia, por exemplo.
LEI – De acordo com informada Secretaria de Saúde do Estado, a Lei Antifumo paulista completou cinco anos em vigor com 99,7% de adesão e 2.854 mil multas aplicadas. Uma a cada cinco multas aplicadas nesses cinco anos foram fruto de denúncia da população.  A lei proíbe o consumo de cigarros, cigarilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco em locais total ou parcialmente fechados. O valor da multa por descumprimento à lei é de R$ 1.007, e dobra em caso de reincidência. Na terceira vez, o estabelecimento é interditado por 48 horas, e na quarta o fechamento é por 30 dias.