O produtor rural Sebastião Carlos Sartorello encontrou na última terça-feira, 12, um ninho de corujas ‘suindaras’ (Tyto furcata), em sua propriedade rural, na estrada Francisco Martuci. As aves estavam debaixo de uma ponte que fica sobre o córrego Palmeirinhas.
Sartorello passa todos os dias pelo local e nessa manhã notou um barulho vindo debaixo da ponte. Assustado, o produtor imaginou que pudessem ser cobras e deslocou uma das partes da madeira que compõe a ponte para averiguar. Foi quando notou a presença da coruja mãe e seus três filhotes.
Segundo a bióloga Mirian de Faria, a espécie é nativa e não está ameaçada de extinção. Possui uma ampla distribuição geográfica em todo o continente americano, inclusive no Brasil.
Seu habitat costuma ser em áreas abertas ou semi-abertas, onde há vegetação rasteira ou arbustiva, mas também se adapta bem em ambientes ocupados e transformados pelo homem.
As suindaras fazem seus ninhos em cavernas, construções, forros de casas e de igreja, de onde provém um de seus nomes populares, “coruja-de-igreja”. A presença desta coruja acaba promovendo um controle natural destes animais em seu habitat.
Quanto à sua vocalização, a coruja suindara emite sons muito altos que
podem perturbar os moradores ao seu redor.
A bióloga Patrícia Barba Malves, que trabalhou alguns anos no Ibama no estado do Tocantins, informou que devido ao incômodo que o seu barulho causa, muitas corujas são mortas pelos moradores. Além de ser um crime ambiental, a atitude causa um desequilíbrio ecológico.