A Argentina e a China vão reforçar a cooperação bilateral. Os chineses vão construir a quarta central nuclear do país sul-americano e um observatório espacial integrado ao seu programa de exploração lunar.
O governo argentino informou ter assinado, nessa quarta-feira (3), acordo para a participação chinesa na construção da central nuclear, estimada em US$ 2 bilhões.
Sem detalhes, as autoridades argentinas adiantaram que a Empresa Nuclear Nacional Chinesa vai dar “apoio técnico, de serviços e equipamentos”, conforme acordo assinado em Pequim com a Nucleoelectrica Argentina.
A Argentina depende do gás natural e petróleo para o seu consumo de energia. A área nuclear representa cerca de 10% da produção de eletricidade.
O país tem três centrais – Atucha 1 (335 megawatts – MW) e Atucha 2 (745 MW), situadas a 60 quilômetros de Buenos Aires, e a de Embalse (600 MW), perto de Córdoba.
A China também vai contribuir com US$ 4,4 bilhões para a construção de duas barragens hidrelétricas na Patagônia, na província de Santa Cruz.
O observatório espacial deverá estar operando em 2016, e sua construção, na província de Neuquen, na Patagônia, tem custo estimado de US$ 300 milhões, sendo dirigida pela Agência Chinesa de Lançamento e Controle de Satélites. O local foi cedido ao operador chinês por 50 anos.
A China vai colocar este ano, pela primeira vez, uma sonda em torno da Lua, para a regressar depois à Terra.
O programa espacial chinês, dirigido pelos militares, prevê também a instalação de uma estação permanente em órbita antes de 2020, para, em seguida, enviar um homem à Lua.
Fontes oficiais já tinham adiantado em 2012 que a China previa extrair amostras de Marte antes de 2030.