Uma operação para normalizar o nível de navegação da Hidrovia Tietê-Paraná começou ontem, 26. O projeto, aprovado pela ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), ANA (Agência Nacional de Águas) e Cesp (Companhia Energética do Estado de São Paulo), prevê a redução da vazão de água de três usinas hidrelétricas para conseguir elevar o nível dos reservatórios ao longo do Rio Paraná e retomar a navegação pela hidrovia até janeiro de 2015.  
A redução vai abranger as usinas de Jupiá (Castilho-SP), Ilha Solteira e Porto Primavera, onde será realizada a primeira etapa, em caráter de teste, da ação.  A atuação terá duração de três dias, ou seja, até domingo, 28, e tem como principal objetivo analisar o comportamento da população de peixes com a alteração do nível da água.
Caso não haja nenhum indicio de que os animais sejam atingidos, os testes prosseguirão nas outras duas usinas, também com duração de três dias e observação minuciosa da conduta dos peixes. O método será aplicado sempre aos finais de semana , quando o consumo de energia é menor, para não causar risco à geração de eletricidade.
PARALISAÇÃO – A navegação na hidrovia Tietê-Paraná está paralisada desde o final de maio deste ano, mas a movimentação da hidrovia está restrita desde fevereiro, por conta da estiagem que atinge o Estado. O calado mínimo exigido para a navegação é de 2,20 metros, abaixo disso a operação dos comboios fica prejudicado. Em 29 de maio, o calado chegou a 1 metro.
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ – A hidrovia Tietê-Paraná possui 2.400 km de extensão, sendo 1.600 km no Rio Paraná e 800 km no estado de São Paulo e conecta cinco dos maiores estados produtores de grãos: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná.
A Tietê-Paraná ocupa um papel importante no transporte de cargas no Estado. Em 2013, transportou 6,3 milhões de toneladas de cargas como milho, soja, óleo, madeira, carvão e adubo. As cargas têm como principais origens São Simão (GO), no rio Paranaíba, Três Lagoas (MS) e terminais do Paraguai, no rio Paraná.  Os produtos têm como principais destinos os terminais de Presidente Epitácio e Panorama (no rio Paraná) e Anhembi, Pederneiras e Santa Maria da Serra, nos rios Tietê e Piracicaba (em São Paulo).
A utilização da hidrovia como modal de transporte traz diversos benefícios: menor consumo de combustível, emite menos poluentes com a redução de dióxido de carbono CO2 (gás que colabora com o efeito estufa), contribui para desafogar o tráfego nas estradas e, com isso, reduzir o número de acidentes, e tem menor custo de infraestrutura.

ASSESSORIA DE IMPRENSA / Secretaria Estadual de Logística e Transportes