A presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT, deu sequência à sua estratégia de ataque à candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, e acusou a adversária nesta terça-feira de propor o fim da política industrial do país, o que geraria desemprego.
“Fiquei muito preocupada com o programa (de governo) da candidata Marina (Silva), porque ela reduz a pó a política industrial”, disse Dilma a jornalistas, pouco antes de fazer uma caminhada em São Bernardo do Campo (SP).
Segundo Dilma, a candidata do PSB está propondo tirar “o poder dos bancos públicos de participar do financiamento da indústria e da agricultura” e também é “contra a política de conteúdo local”, que determina um percentual mínimo de produtos produzidos em território nacional para setores como o automobilístico e a indústria naval.
Na semana passada, a candidata Marina, que apareceu empatada com Dilma na pesquisa Datafolha mais recente na disputa pela Presidência, apresentou o programa de governo em que defende o fortalecimento do tripé macroeconômico (metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal) e uma menor presença do Estado na economia.
“Fico muito preocupada quando querem acabar com o papel do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Sabe por que a indústria e a agricultura procuram o BNDES e não a um banco privado? Porque ele oferece prazos mais longos e taxas (de juros) menores e uma política específica de apoio aqueles setores que são importantes para a economia brasileira porque gera emprego”, argumentou a presidente, que está tentando conter o crescimento de Marina entre o eleitorado.
“Nós temos uma métrica: é o que gera emprego. Gerou emprego é fundamental e é bom para o país. Desempregou, é ruim para o país”, acrescentou Dilma.
“Essa é a métrica mais simples possível para aqueles que são comprometidos com o crescimento do país e o futuro do país”, disse.
(Por Pedro Belo)