Neste sábado, 13, a Secretaria Municipal de Saúde irá promover o Dia D contra o HPV (Papiloma Vírus Humano). Adolescentes de 11 a 13 anos que tomaram a primeira dose da vacina em março e abril deste ano, deverão ir até um dos pontos de vacinação para aplicação da segunda dose gratuitamente. Aquelas que completaram 11 anos no período de maio a setembro deste ano também poderão comparecer para ter direito a primeira dose da vacina.
A ação ocorrerá das 8h às 14h30 nos postos de saúde: Albert Sabin (São Manoel); Irene Kato (Brasilândia); Eduardo Ligeres (Santa Clara) e ESF Jardim Jussara. O Centro de Saúde Takashi Enokibara (Postão) também ofertará a vacina das 8h às 15h. As meninas deverão estar acompanhadas pelos pais ou responsável, munidas de carteira de vacinação e documento com foto.
A segunda dose da vacina deve ser aplicada seis meses após a primeira dose. Já a terceira dose, que funciona como um reforço deve ser aplicado cinco anos após a primeira dose. Após atingir as três doses, a vacina atinge 98,8% de eficácia contra o colo do útero.
A vacina contra o HPV é uma precaução do câncer de colo do útero, com eficácia de 98,8% contra a doença. A faixa etária foi escolhida porque nela a produção de anticorpos contra o câncer tem maior eficácia. Em 2015, a vacina contra o HPV será destinada às meninas entre nove e 11 anos e também será dividida em três etapas.
DOENÇA – O HPV é um vírus contagioso que pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a pele ou mucosa infectada. Quando não tratada corretamente, essas lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de colo de útero, cuja doença tem como principais sintomas dores, corrimento ou sangramento vaginal.
Ao todo, há mais de 100 tipos de HPV. A vacina que será aplicada protege contra os quatro tipos mais recorrentes de HPV: 6, 11, 16 e 18. A imunização, porém, é preventiva e não dispensa o uso de preservativos durante a relação sexual.
POLÊMICA – No dia 4 deste mês, 11 jovens de uma escola pública de Bertioga, litoral paulista, se queixaram de reação à segunda dose da vacina contra o HPV, aplicada em um grupo de estudantes. Logo após a aplicação, as meninas deram entrada no pronto-socorro de Bertioga com queixas de dor de cabeça e dificuldades para caminhar, já que não sentiam as pernas. Oito estudantes tiveram alta no mesmo dia, mas três continuam com os sintomas, sendo transferidas para outros hospitais.
A Secretaria Estadual de Saúde está acompanhando de perto os casos das 11 jovens e já descartou qualquer problema com o lote de vacinas utilizado em Bertioga. De acordo com a responsável pelo setor de Imunizações da secretaria, Helena Sato, a vacinação contra o HPV vai continuar em todo o Estado. Ela disse que não há nenhuma associação dos sintomas apresentados pelas adolescentes de Bertioga com a aplicação da vacina, uma vez que o mesmo lote, composto por 320 mil doses, vem sendo aplicado desde o início do mês em estudantes de todo o estado de São Paulo.
A secretária municipal de Saúde, Geni Pereira Lobo Pesin, desconhece qualquer caso de que alguém deixou de andar por causa da vacinação. E recomenda que os pais não deixem de levar suas filhas para tomarem a segunda dose. “A vacinação é muito importante, pois ela previne contra diversas doenças, principalmente, no modo em que vivemos hoje”, orienta.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina é segura e recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Quase cinco milhões de meninas em todo o Brasil já foram imunizadas contra o vírus HPV, que é o causador do câncer de colo de útero, o terceiro que mais leva mulheres a óbito no País.