As altas temperaturas registradas nos últimos dias em todo o País, somente em Dracena, a média tem variado entre 38°C a 39°C, com sensação térmica que ultrapassa a casa dos 40°C, mudaram a rotina da população.
Quem trabalha em locais onde é possível amenizar o calor com o uso do ar-condicionado não sofre tanto, porém quem trabalha diretamente nas ruas, exposto ao sol, vive a alta temperatura.
A lista de profissionais que trabalham expostos ao intenso sol na microrregião de Dracena é grande. Carteiros, podadores de árvores, agricultores, vendedores de picolés, padeiros, são alguns exemplos de pessoas que devem redobrar o cuidado com a pele. Mas na prática não é bem assim. O protetor solar é usado por pouquíssimos profissionais.
É o caso do pedreiro, residente em Tupi Paulista, Valdemir Rodrigues, que há cerca de uma semana está reformando o telhado de uma casa junto ao ajudante, Sebastião Felício Angeloni.
“O serviço é muito pesado e exige muitos esforços, o que aumenta ainda mais a sensação térmica. Não é nada fácil trabalhar sob esse forte sol. Mas fazer o quê? O jeito é trabalhar”, declara Valdemir Rodrigues.
Há quase 30 anos na mesma profissão, ele conta que a cada ano que passa a sensação é que o sol está mais forte, principalmente no período de outubro a fevereiro, mas declara que nunca recorreu ao uso do protetor solar.
Valdemir salienta, ainda, que nos dias que o sol está a pico chega a beber até oito litros de água por dia. Um dos meios alternativos que o pedreiro achou para se proteger da radiação ultravioleta é usar camisa fina de manga longa e boné com proteção que cobre a parte de trás do pescoço.
Com a alta temperatura e a baixa umidade do ar, olhos e nariz também sentem o reflexo do tempo seco. “Quando o tempo fica assim é frequente os olhos lagrimejarem e o nariz sangrar”, diz o pedreiro.
O mesmo acontece com o jardineiro Vagner Gomes que trabalha com técnicas de plantio, podas e composição de jardins há 30 anos, em Dracena. Ele disse estar acostumado com o forte sol e para se proteger usa apenas um chapéu. “Estou acostumado, fui criado nos sítio e já não sinto mais os efeitos do sol na pele”, conta.
O trabalho efetuado com exposição a altas temperaturas provoca fadiga intensa e, consequentemente, a diminuição do rendimento normal do trabalhador, em razão de maior desgaste físico e da perda de água e de sais. Mesmo podendo administrar os horários do seu dia, o jardineiro enfrenta os trabalhos a qualquer hora. Vagner fala que não se descuida quanto à ingestão de líquido para não resultar em uma possível desidratação e ainda dá preferência a roupas mais leves durante as atividades.
CUIDADOS – O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) avisa que os consumidores devem ser cautelosos na hora de se expor ao sol, para evitar alergias, queimaduras, insolação, envelhecimento precoce e, principalmente, câncer de pele. Veja alguns cuidados: Áreas sensíveis como rosto, lábios e cabeça, principalmente os calvos, necessitam de um cuidado maior e, portanto, de um protetor solar de FPS mais elevado; durante a exposição solar, não é aconselhável a utilização de produtos como perfumes ou outros produtos não específicos. Eles devem ser evitados porque promovem queimaduras e podem aumentar os casos de alergia, além de não protegerem contra os efeitos das radiações solares.
O consumidor também deve tomar cuidado com a utilização de certos medicamentos, como o ácido acetil-salicílico (aspirina), por exemplo, que em combinação com o protetor solar e o sol podem provocar reações alérgicas;
Verificar qual é o fator de proteção mais adequado para o seu tipo de pele. Em caso de dúvida ou, se possível, sempre, devem ser utilizados os produtos com FPS mais elevados;
O mormaço também ocasiona queimaduras. A brisa, por oferecer uma sensação refrescante, pode levar a pessoa a esquecer os efeitos nocivos do sol;
A eficiência de um protetor solar está relacionada diretamente a sua utilização correta, ou seja, o usuário deve estar atento às instruções da embalagem quanto ao tempo de reaplicação do produto, levando em consideração fatores como a transpiração e o contato direto da pele com qualquer superfície que propicie a remoção do produto.