A cidade de São Paulo registrou a maior temperatura da história na tarde de ontem, 17. Segundo registro do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a estação do mirante de Santana, na zona norte, atingiu 37,8ºC, por volta das 14h.
A temperatura supera os 37ºC registrados em 20 de janeiro de 1999, e corresponde ao novo recorde absoluto histórico de São Paulo desde a abertura da estação no ano de 1943, portanto em 71 anos de medição.
Apesar das temperaturas oficiais serem as medidas pelo Inmet, as estações do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, registraram temperaturas ainda maiores como em Tremembé (39,3ºC), Penha (38,5ºC), Santana (37,9ºC) e no Anhembi (37,3ºC).
Segundo o meteorologista Adilson Nazário, do CGE, as altas temperaturas dos últimos dias são resultado de um sistema de alta pressão que impede a formação de nuvens carregadas e a passagem livre de frentes frias, inibindo a ocorrência de chuvas.
Por volta das 15h40, porém, a entrada de um ar mais frio vindo do oceano conseguiu provocar chuvas isoladas em alguns pontos da região metropolitana. Nesse horário, teve precipitação em Mairiporã e Barueri, além de parte da Lapa e do centro de São Paulo. Essa chuva, no entanto, deve ser rápida e não deve ficar forte.
Nos próximos dias o ar seco deve ganhar força e o calor se intensificar sobre a região. As temperaturas vão se elevar bastante e pode voltar a ultrapassar os 35ºC. As taxas de unidade relativa do ar também estarão em queda, com valores que devem caracterizar estado de atenção e, em alguns momentos, alerta.
Nesta sexta, a umidade na capital paulista chegou a 25%, o que colocou a cidade em estado de atenção, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência). Isso favorece a formação de queimadas e prejudica a qualidade do ar.
A estação meteorológica do IAG-USP (Universidade de São Paulo) registrou na tarde desta sexta-feira (17) 37,2º C, a maior temperatura já registrada desde 1933. O recorde anterior havia sido registrado na última segunda-feira (13): 36,7°C.