As exportações das indústrias de Dracena de janeiro a julho desse ano totalizaram US$ 1.021.694,00, um acréscimo de 35,14%, comparado ao mesmo período do ano passado, de acordo com balanço divulgado pela Secretaria do Comércio Exterior, órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
De janeiro a julho de 2013, as exportações no município, totalizaram US$ 756.036,00, com 495.358 quilos de produtos vendidos ao exterior. O saldo positivo nos primeiros sete meses desse ano, em relação ano passado, foi de US$ 265.658,00.
Os principais produtos fabricados em Dracena e comercializados para o exterior nesse ano, de acordo com o Ministério, foram sumos (polpas) de frutas: US$ 515.126,00 (198.760 quilos), frutas não cozidas ou cozidas em água ou vapor congelados: US$ 341.681,00 (269.500 quilos); aparelhos e instrumentos de pesagens: US$ 90.733,00 (14.960 quilos); outras obras de madeiras: US$ 90.733 (14.960 quilos); aparelhos mecânicos: US$ 15.517 (2.166 quilos); instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia e odontologia: US$ 5.604,00 (21 peças).
PAÍSES – De acordo com a Secretaria do Comércio Exterior, os principais destinos dos produtos exportados em Dracena, foram Israel: US$ 228.31,00 (participação de 22,35%); Japão: US$ 156.492,00 (15,32%); Porto Rico: US$ 154.350,00; Guadalupe: US$ 141.488,00 (13,85%); Angola: US$ 110.032,00 (10,77%); Holanda: US$ 64.828,00 (6,35%); Paraguai: US$ 56.655 (4,96%); Martinica: US$ 45.939,00 (4,5%); Colômbia: U$S 34.825 (3,41%); Panamá: US$ 19.460 (1,9%) e França: US$ 15.313 (1,5%).
EMPRESAS – A exportação de sumo de frutas que ocupa o primeiro lugar no ranking do comércio exterior em Dracena, tem como referência, a empresa Fruteza Sucos Naturais, que comercializa polpas de frutas para os países do Caribe, Europa e Ásia.
Segundo o contador da empresa, Edilberto Lanzoni, a matéria prima para fabricação da polpa, das frutas nas variedades, acerola, abacaxi, goiaba, manga e o maracujá, são produzidas em um raio de 80 quilômetros de distância da empresa.
“O objetivo é fomentar a produção da matéria prima na região, isso evita a compra em outras regiões e estados”, informa Lanzoni, citando como exemplo, o maracujá na Bahia e referindo-se ao controle na qualidade dos produtos, uma exigência cada vez maior no mercado internacional, além dos custos no transporte que encarece a compra.
“A qualidade é um investimento permanente, novos indicadores (no mercado internacional) surgem a cada dia e temos que estar atualizados quanto a isso”, explica.
O contador explica que no passado, há cerca de cinco anos, as empresas do ramo de frutas no Brasil, tinham um histórico de exportações, mas novos países começaram a produzir e exportar, caso da acerola, aumentando as nações produtoras, mas com o mercado consumidor mantendo-se praticamente o mesmo.
“Vários países asiáticos começaram a competir com o Brasil, mas com custos mais baratos porque no Brasil, tudo deve ser feito de forma correta, legal, o que não ocorre em países onde não há encargos trabalhistas, apesar de produzirem mais, a qualidade é inferior”, constata Lanzoni.
A oferta de produtos mais baratos, aliada à crise nos países da Europa, reduzindo a compra, fez com que as empresas do setor, no caso da região, a Fruteza, realizassem um trabalho de abertura de novos mercados para aumentar as exportações.
Com investimentos na produção regional, Lanzoni enfatiza que a empresa está competindo no mercado com produto de qualidade e ao mesmo tempo, está gerando emprego e renda aos produtores de fruta da região.