Autoridades de saúde dos Estados Unidos isolaram a família do paciente infectado com ebola, em Dallas, e ampliaram o monitoramento para cerca de 100 pessoas. Apesar de nenhum familiar do paciente liberiano Thomas Eric Duncan apresentar sintomas do vírus, as autoridades americanas colocaram sob quarentena sua companheira, seu filho e dois sobrinhos. O monitoramento deve seguir até 19 de outubro.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos não descartou a possibilidade de existirem mais casos de ebola entre as pessoas que mantiveram contato com o paciente, que chegou da Libéria no dia 20 de setembro e deu entrada no hospital no domingo (28).

“Continuamos confiantes de que vamos conseguir conter a propagação do ebola nos Estados Unidos, apesar de sabermos que podem surgir outros casos. E, se isso acontecer, já temos medidas estabelecidas para lidar com a situação”, disse o diretor do CDC, Thomas Frieden, em Atlanta.

Especialistas do CDC foram enviados ao Texas para ajudar na investigação e na identificação das pessoas que possam ter tido contato com o paciente. O órgão submete, diariamente à análises, aqueles que foram identificados como pessoas em risco de contágio, incluindo crianças. Para diminuir os riscos, a família de Duncan foi isolada em casa e está proibida de receber visitas durante 21 dias, período de incubação da doença.

Ontem (2), foi confirmado, na Libéria, o quarto caso de um norte-americano com ebola. O homem, de 33 anos, apresentou os primeiros sintomas na quarta-feira (1º) e foi diagnosticado com a doença no dia seguinte, em um centro da organização Médicos Sem Fronteiras.