O técnico Enderson Moreira não seguiu o discurso de seus antecessores no Santos em relação ao mando de jogos do alvinegro praiano. Se Muricy Ramalho e Oswaldo de Oliveira não escondiam que preferiam a Vila Belmiro e até criticavam as partidas no Pacaembu, o atual comandante santista optou por um discurso mais político e apoiou os jogos na capital paulista.
“Questão de preferir, a gente tem uma coisa toda especial de jogar na Vila, mas um clube como o Santos tem de estar preparado para jogar em outros estádios. Pacaembu tem boa qualidade de piso, de campo, proximidade. Tem apoio do torcedor, se sente em casa. Aqui, temos um clima especial, mas o fato de mandar jogos no Pacaembu não altera muito o nosso jogo, isso que é mais importante”, afirmou Enderson.
“A direção tem essa liberdade de poder, dentro do que achar ser interesse, fazer escolha. Conversamos também sobre questões técnicas, mas sabemos que tem o torcedor de São Paulo, que também quer ver o time. Atender os dois lados. Sabemos da força de jogar na Vila. Mas isso também não pode ser motivo de desculpa em um desempenho ruim em São Paulo. E a gente se sente em casa lá”, completou.
Em São Paulo, sem as finais do Estadual, que tiveram mandos de campo determinados pela Federação Paulista de Futebol (FPF) e renda dividida entre os clubes, o Santos optou por mandar outras quatro partidas, todas pelo Campeonato Brasileiro, e obteve prejuízo na soma das receitas líquidas. O Peixe encara hoje, pela 28ª rodada do Brasileirão, o Criciúma fora de casa, às 18h30.