Mais de 100 soldados ucranianos foram cercados por milícias pró-Rússia de Lugansk, no Leste da Ucrânia, afirmou o governador da região, Guennadi Moskal.
“A situação pode ser considerada crítica. A aproximação ao local dos combates é impossível devido aos contínuos bombardeios com armamento pesado”, disse o governador.
Segundo Moskal, 112 membros do Exército e da Guarda Nacional caíram em uma emboscada na área de Bakhmutka, em uma estrada que parte de Lugansk em direção ao oeste, por milícias separatistas, que dispõem de 20 tanques.
Vários militares, incluindo o comandante de um batalhão e alguns soldados feridos, foram feitos prisioneiros.
Segundo o governador, os milicianos não respeitam o cessar-fogo porque recusam subordinar-se aos dirigentes da autoproclamada República Popular de Lugansk.
O cerco foi parcialmente confirmado pelo Estado-Maior ucraniano, que admitiu uma situação “difícil mas controlável” e negou que haja “um cerco” total. “Ainda é possível enviar reforços e armas suplementares”, disse um porta-voz, Andrii Lisenko, em uma conferência de imprensa em Kiev.
A situação com os militares ucranianos suscitou receios de uma repetição da batalha de Ilovaisk, em agosto, em Donetsk, onde forças ucranianas foram cercadas por separatistas e 100 militares morreram, segundo balanço oficial.
A batalha de Ilovaisk foi apontada por especialistas como a principal razão para a demissão do ministro da Defesa, Valeri Gueletei, no fim de semana passado, e a sua substituição por Stepan Poltorak, comandante da Guarda Nacional, que integra nomeadamente voluntários dos protestos da praça Maidan.