Sobre a reportagem em que Benedito Bulzan reclamou da falta de atenção de atendimento médico ao filho Fernando Bulzan, que estava preso na Penitenciária de Irapuru e morreu no último dia 24 de setembro, em nota divulgada a redação do Jornal Regional a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) procedeu informações.
Segundo a nota, o sentenciado Luiz Fernando recebeu toda a assistência de saúde desde que deu entrada naquela unidade prisional no dia 6 de dezembro de 2013, procedente do CDP de Caiuá. Ele foi atendido na enfermaria e informou que fazia tratamento de doença inflamatória gastrointestinal há três anos, no AME de Dracena, sendo assim foi mantida a prescrição dos medicamentos que eram retirados na Unidade de Saúde e levados pelos familiares.
De acordo com a nota desde o período que ficou na Penitenciária, Luiz Fernando sempre foi medicado.
A Penitenciária informou que nas ocasiões que passava pelo setor de enfermaria o sentenciado não apresentava queixa quanto ao seu estado de saúde e confirmava que seus familiares o visitavam constantemente e traziam as medicações em uso, além disso, era orientado a procurar o setor em caso de necessidade.
Consta ainda na nota que a Unidade entregava a Luis Fernando, o medicamento Prednisona 20 mg, mensalmente e recebia orientações.
A nota esclarece também que no dia 24 deste mês pela manhã, Luis Fernando deu entrada no setor de enfermaria da penitenciária, trazido em cadeira de rodas pelos funcionários. Ele recebeu os primeiros socorros e foi constatado pela médica em plantão que o mesmo apresentava pressão arterial de 60×40, pulsos periféricos finos e arrítmicos, frequência respiratória de 60/m, frequência cardíaca de 72/m e extremidades frias.
Após avaliação médica foi encaminhado com urgência para o Pronto Socorro de Junqueirópolis. No interior da ambulância ele piorou no quadro geral e foi necessária manobras para ressuscitá-lo por parte dos enfermeiros da equipe de saúde que o acompanhavam.
A nota da SAP esclarece ainda que ao dar entrada no hospital, o médico prestou o atendimento e constatou que Luiz Fernando estava em óbito. Continua a nota informando que não houve declaração da causa da morte por parte do médico da Santa Casa de Junqueirópolis que constatou a morte.
Foi feito contato telefônico com o IML de Dracena que confirmou que a instituição de saúde onde estava o corpo deveria registrar o Boletim de Ocorrência na Polícia Civil para ser feito o exame de necropsia. Após, no final da tarde a unidade foi informada que o corpo seria transladado para o IML de Adamantina para o exame de necropsia.
De acordo com a Penitenciária o pai de Luiz Fernando compareceu na Polícia Civil de Irapuru onde registrou o B.O.
A SAP declara que constatou que a Penitenciária de Irapuru avisou de imediato os familiares de Luiz Fernando sobre a morte e que instaurou procedimento preliminar para elucidação dos fatos.