As podas drásticas em árvores urbanas de Dracena são alvos de fiscalização da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente. Na constatação do corte radical nas árvores, o responsável é autuado em três UFMs (Unidades Fiscais do Município), ou, R$ 63.
Junto com a poda drástica, que é ilegal, geralmente ocorre uma segunda infração ambiental são os galhos e as folhas de árvores, deixados por quem corta sobre calçadas e meio-fios.
“Os riscos são de fogo, mas também entopem as tampas dos bueiros”, informa o secretário da Agricultura e Meio Ambiente, Antenor José de Oliveira Filho.
“Além da multa, a Prefeitura vai cobrar pela retirada e transporte dos restos das podas”, acrescenta o secretário. Ele explica que a fiscalização é de rotina, mas ressalta a importância das denúncias. “Noventa por cento das autuações são feitas por denúncias”, afirma.
Em tempos de temperaturas elevadas, até passando dos 40 graus, o secretário enfatiza que podas de árvores sem critérios, causam prejuízos ambientais e à população de forma geral. “Está relacionado com a qualidade do ar”, diz.
A área urbana de Dracena, incluindo os distritos de Jamaica e Jaciporã possui hoje, segundo o engenheiro ambiental da Secretaria, Michel Crepaldi, 43 mil árvores que proporcionam sombras.
“A Organização Mundial de Saúde (OMS), preconiza que o ser humano precisa no mínimo, 12 metros quadrados de sombreamentos, com 43 mil árvores, Dracena está bem acima do recomendado pela OMS”, explica o secretário.
A intensificação na fiscalização e autuações nas podas drásticas de árvores tem um significado maior nos dias atuais, conforme o secretário, pelas mudanças climáticas que vem causando o aumento da temperatura.
“O último registro de calor como o que estamos vivendo foi em 1875, mas naquela época havia muito mais vegetações e florestas, hoje é diferente e precisamos orientar a população, que além da sombra e melhoria na qualidade do ar, as árvores também combatem a poluição ambiental”, esclarece o secretário.