– Quando deve se fazer o teste da orelhinha?
R- O exame deve ser realizado logo ao nascimento do bebê, nos primeiros 30 dias de vida. Estudos indicam que um bebê que tenha um diagnóstico de alteração auditiva e intervenção fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver fala e linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte. 

– Qual o método utilizado para realização do exame?
R- Utiliza-se o aparelho de Emissões Otoacústicas Evocadas por estímulo transiente. É um exame simples, fácil, rápido e indolor. O exame é realizado durante o sono natural do bebê, com a colocação de um fone na parte externa da orelhinha. O tempo é de aproximadamente 5 minutos em cada orelha e o exame baseia-se na produção de um estímulo sonoro de fraca intensidade, bem como na percepção do retorno desse estímulo, na orelha interna (cóclea).

– Como é dado o resultado?
R- Ao final do exame é emitido um relatório do diagnóstico, que é entregue para o responsável do bebê e este poderá levar ao seu médico. No caso de suspeita de alguma anormalidade, o bebê será encaminhado para uma avaliação otológica e audiológica completa. 

– Quais os fatores de riscos para surdez nos bebês?
R-Histórico familiar, drogas e álcool durante a gestação, infecções congênitas pela mãe na gestação (toxoplasmose, rubéola, sífilis, citomegalovírus ou herpes genital), anomalias craniofaciais, recém-nascido com peso menos que 1,500 gramas, hiperbilirrubinemia com nível excedendo transfusão, uso de medicações ototóxicas, menigite bacteriana,entre outros.
 
– Quais os cuidados para uma voz saudável?
R- Hidratação: beba sempre muita água. Prefira sempre uma alimentação saudável, a maçã inclusive é uma fruta essencial para o cuidado com a voz, pois ela tem ação adstringente que torna a saliva mais fina e ainda tem a vantagem, devido a sua consistência, ajudar a exercitar a mastigação. Quando você mastiga a maçã relaxa toda a musculatura, o que melhora a articulação dos fonemas quando você fala, além de ajudar na higiene da boca, bem como no trato vocal. Dormir bem. Substitua o mau hábito de pigarrear e tossir pela deglutição. Evite falar em excesso, inclusive com competição sonora. Fale sempre em intensidade normal. A voz sussurrada também exige um maior esforço. Evite cigarros e bebidas alcoólicas. Não utilize sprays e pastilhas, pois possuem efeito mascarante. Evite contrastes térmicos (café x água gelada; ambiente frio x ambiente quente). Fale menos a presença do ar condicionado, pois resseca a mucosa das pregas vocais. O importante é adequar o ambiente, umidificando o ar. Evite a exposição ao pó e/ou poeira, principalmente se você for alérgico, entre outros.

– Qual a importância da especialização que você está fazendo no Cefac?
R- É sempre importante ampliar os conhecimentos. Acho que não tem data para encerrar os estudos, como na época dos meus avôs. Eu procuro sempre estar reciclando meus conhecimentos para que assim, cada vez mais eu possa estar apta para atender todas as pessoas que precisarem do meu atendimento. O Cefac me proporciona a oportunidade de aprender e estar pertinho de fonoaudiólogas e médicos que estudei com livros durante toda a minha graduação. Isso não tem preço. É uma experiência e aprendizado que vou levar durante toda minha carreira profissional.