O impasse em relação à presença da torcida do Cruzeiro no Independência no primeiro jogo da final da Copa do Brasil chegou ao fim no começo da tarde de ontem, 11. A Polícia Militar (PM) só liberou a presença de 1.871 torcedores no estádio do Horto, o que equivale a pouco mais de 8% da carga total de ingressos, inferior aos 10% previstos no regulamento geral das competições da CBF. O Cruzeiro não aceitou, e o jogo terá torcida única, sem cruzeirenses.
O diretor de comunicação do Cruzeiro, Guilherme Mendes, afirmou que, além da quantidade de bilhetes, o prazo de entrega está irregular.
“Encaminhamos, no início da tarde, um ofício à CBF, via Federação Mineira, informando que está havendo um descumprimento do Regulamento Geral da Competições do Estatuto do Torcedor. O Cruzeiro tem direito a 10%, e não a 8%, como está sendo oferecido. E esses ingressos devem ser recebidos 72 horas antes do jogo, e não 30”.
O Atlético-MG, como contrapartida, disse que pedirá ao Cruzeiro, no jogo de volta, o mesmo que teve condições de oferecer ao rival para o primeiro jogo. Ou seja, 8%. O clube celeste sinalizou que disponibilizará a carga do adversário.
A decisão da diretoria cruzeirense ocorre após quase uma semana de impasse entre os clubes. O Cruzeiro não gostou de o primeiro jogo ser no Independência. E aí passaram a ocorrer trocas de farpas entre os presidentes. Gilvan Pinho Tavares, mandatário da Raposa, chegou a garantir que o clube usaria os 10% a que teria direito e que pagaria à vista por eles, ao contrário do que, diz ele, o Atlético fez no passado.
Para a decisão de torcida única, foi fundamental uma vistoria da Polícia Militar nesta segunda-feira. O órgão argumentou que não seria possível acomodar 10% da capacidade total no espaço dos visitantes. Duas fileiras, o equivalente a 431 lugares, teria que ser retirada por questões de segurança.
O clube celeste divulgou, no site oficial, uma nota explicando o motivo de ter aberto mão dos ingressos. Confira na íntegra.