Na tarde de quarta-feira, 29, técnicos do Imasul estiveram em Brasilândia (MS) para esclarecer aos usuários de água superficial (rios) ou subterrânea (poços), sobre a realização do cadastramento na plataforma Siriema. O prefeito Jorge Diogo esteve presente no início do evento realizado no Anfiteatro Ramez Tebet, onde alertou a necessidade dos usuários realizarem o cadastro.
“Este cadastramento é muito importante, pois vai ajudar os técnicos a entenderem como é feito o uso da água em nosso Estado. Por isso, ouçam com atenção tudo o que será dito, para que não tenham dúvidas sobre o procedimento”, disse.
A apresentação foi feita pela doutora em Recursos Hídricos, Celina Dias, e pela geógrafa Claudete Bruschi, técnicas do Imasul.
O cadastro é feito no site do Imasul (www.imasul.ms.gov.br), pelo link Siriema, onde os usuários devem registrar os dados e as informações de seus empreendimentos que utilizam água. Serão solicitadas informações básicas, tais como: identificação do usuário, localização por coordenadas geográficas do ponto de interferência, a finalidade de uso, a vazão captada e/ou lançada, entre outros.
“Para nós, é importante que estes dados estejam computados, pois serão oficiais e poderemos fazer o planejamento do uso da água. Sem esta etapa, não poderemos fazer isso”, disse Claudete.
As técnicas lembraram que o cadastramento é obrigatório e gratuito. E alertou que há pessoas cobrando preços abusivos para realização do cadastro. Neste caso, elas pediram para que peça ajuda para aqueles que tenham mais facilidade com o computador ou até mesmo ajuda da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.
Após o cadastramento, o interessado receberá um certificado que reconhece a utilização da água. Após esta etapa, futuramente, será realizada a outorga.
O cadastro foi lançado em 2010 e até o momento há 2 mil pessoas cadastradas. Em Brasilândia, são apenas oito pessoas. O município faz parte das sub-bacias Rio Verde e Rio Pardo, sendo 223 rios e córregos que cortam o município.
A doutora em recursos hídricos comentou a crise da água no estado de São Paulo e lembrou-se da responsabilidade dos usuários ao utilizá-la de forma consciente. “A maior penalidade não será em dinheiro e sim na falta da água. Por isso, se não começarmos desde hoje planejar o seu uso, num futuro teremos falta de água potável”, alertou.
A reunião ainda contou com a presença do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, João Luiz Almeida Rosa e do secretário adjunto, Luiz do Café, o técnico responsável pela Agraer, Edson Okamoto, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, João de Brito, entre outros líderes de associações.