O que leva um cidadão a disputar um cargo público? A resposta vai desde a vaidade até a noção de dever. Porém, em todos os casos há uma inegável certeza de que conseguiria fazer muito mais do que seus possíveis concorrentes. E essa sensação de maior acerto leva o indivíduo a enfrentar sacrifícios que, em qualquer outra situação, não enfrentaria.
Quem conhece bem a história política de Dracena pode apontar atos heroicos de prefeitos que passaram pela administração da cidade. Desde as peripécias do fundador e primeiro prefeito, Írio Spinardi, até o atual administrador, José Antonio Pedretti, para quem nem a própria saúde é mais importante que as possíveis conquistas para a cidade.
Teríamos que ter um historiador para relatar as conquistas e o preço pago por elas em sacrifícios pessoais desses dracenenses, nem sempre reconhecidos por seus feitos. O tempo passa e, por falta de registro, muitos mandatários vão sendo esquecidos pela população. Todo sacrifício, todo mérito das conquistas vão se perdendo ao longo dos anos. Por isso, é muito justo que os próprios públicos levem o nome de ex-prefeitos para que não caiam no vazio do esquecimento figuras que foram tão importantes para a história da cidade.
As raízes de um povo estão cravadas na sua história. Esquecê-la é deixar solta no ar a bússola que dará o rumo que as gerações, que estão por vir, deverão tomar por base. Como prosseguir num trabalho que não se conhece? É o passado que dá as coordenadas para o futuro. E o passado cívico da cidade tem que estar presente constantemente nas mentes daqueles que povoam Dracena e dela têm orgulho.
Foram os prefeitos, os vereadores que lutaram pelo progresso da cidade que não devem ser esquecidos sob pena de se acabar com a história que norteará os novos mandatários. Por isso, foi muito louvável a visita que o prefeito Pedretti fez, há dois meses, ao ex-prefeito, Juvenal Pezolato, em Santa Bárbara D’Oeste, levando-lhe uma bandeira de Dracena, um vaso com a planta que lhe deu nome e o agradecimento de todos que guardam na lembrança os inúmeros sacrifícios pessoais e os grandes benefícios que ele conquistou para esta cidade.
De 1957 a 1961, ele comandou os destinos de Dracena fazendo algo que poucas cidades faziam naquela época: domou a região central, cheia de córregos e fez as galerias que ainda são utilizadas até hoje. Mostrou ser um administrador de visão, pois já tinha em mente que o saneamento básico era o esteio para uma população saudável. Apenas os grandes políticos, os de visão de futuro, privilegiam obras de saneamento. Os canos são enterrados, ninguém os vê mais, porém seus efeitos benéficos perduram para sempre.
E Pezolato foi um mestre do saneamento e da saúde de seu povo. Ele quis muito bem aos dracenenses e, portanto, jamais pode ser esquecido por quem tanto se beneficiou com suas obras e exemplos de grandeza. Estão de parabéns todos os prefeitos e vereadores que administraram a cidade por todos esses anos. Foram eles que proporcionaram aos dracenenses todas as melhorias que a cidade tem oferecido aos seus moradores.

Até quarta-feira
  -Dracena –
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