O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou outubro em alta de 0,43% ante 0,49% registrado na terceira prévia do mês. Desde janeiro, o índice acumula um aumento de 5,38%, e, nos últimos 12 meses, de 6,84%.

O indicador, que influi nos reajustes salariais e contratos de aluguéis, reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de um a 33 salários mínimos, residentes nas seguintes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Brasília. É medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e teve seu início de apuração em 2003.

O IPC-S integra o sistema de índices de preços ao consumidor da FGV, que inclui: IPC-DI, IPC-M, IPC-10, IPC-3i e IPC-C1. Apesar de a coleta ser semanal, a apuração das taxas de variação leva em conta a média dos preços coletados nas quatro últimas semanas até a data de fechamento. O intervalo entre o fim da coleta e sua divulgação é de um dia, sendo um dos mais curtos, inclusive para padrões internacionais.

De acordo com o levantamento feito pelo FGV, cinco dos oito grupos pesquisados apresentaram decréscimos com destaque para alimentação (de 0,57% para 0,49%). Esse resultado foi influenciado pelo segmento dos laticínios (de 0,30% para -0,31)%.

Em transportes a taxa indicou elevação de 0,16% bem abaixo da medição passada (0,28%) o que reflete a tarifa de ônibus urbano (de 0,28% para 0,04%). No grupo habitação, o índice passou de 0,52% para 0,48% com o impacto da conta de luz (de 0,54% para 0,18%); em educação, leitura e recreação (de 0,19% para 0,09%) com efeito da passagem aérea (de -4,60% para -9,51%) e, em comunicação, a taxa variou 0,32% ante 0,61% com destaque para a tarifa de telefone móvel (de 1,20% para 0,71%).

No mesmo período, os preços ganharam força nos seguintes grupos: vestuário (de 0,80% para 0,99%), variação esta que foi puxada pelas roupas (0,62% para 0,90%); despesas diversas (de 0,19% para 0,25%), sob a influência dos alimentos para animais domésticos (de 0,39% para 0,72%); saúde e cuidados pessoais (de 0,59% para 0,61%), com os artigos de higiene e cuidado pessoal passando de 0,63% para 0,83%.

Os itens que mais pressionaram o índice foram: tomate (19,34%); refeições em bares e restaurantes (0,52%); aluguel residencial (0,68%); plano e seguro de saúde (0,70%) e gás de bujão (2,14%).

Já os itens que mais auxiliaram a frear o avanço da taxa foram: passagem aérea (-9,51); cebola (-15,48); manga (-20,62); banana-prata (-3,54) e leite tipo longa vida (-0,92).